Ansiedade Generalizada – por Isabella Gouveia

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    Nos dias de hoje, é muito comum ouvirmos falar das pessoas que estão estressadas, ansiosas. As pressões do dia-a-dia, as preocupações que cercam nossas vidas, nos fazem muitas vezes sentir que estamos perdendo o controle de tudo. Mas será que a ansiedade é sempre um problema? Na verdade, a ansiedade é um sentimento normal, que todos temos, e que é, muitas vezes, até saudável, pois ela faz com que nos preparemos melhor para enfrentar certos desafios na vida. Por exemplo, se uma pessoa precisa fazer uma prova, a ansiedade, a preocupação, pode fazer com que ela estude mais e se prepare melhor. Porém, quando essa ansiedade passa a atrapalhar, a interferir no funcionamento e no dia-a-dia da pessoa, ela passa a se tornar patológica e pode caracterizar o que chamamos de Transtorno de Ansiedade. Dentro da classe dos transtornos de ansiedade encontramos a Síndrome do Pânico, o Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), as Fobias e o Transtorno de Ansiedade Generalizada, entre outros.

    No Transtorno de Ansiedade Generalizada, o paciente sente-se quase o tempo todo tenso e preocupado, tem dificuldades para se desligar dos problemas, e percebe que isso ocorre de maneira exagerada. Ocorre a sensação de que sempre algo ruim está para acontecer, e há a tendência para o pessimismo. Este quadro oscila ao longo do tempo, com períodos de melhora e de piora, e nem sempre está relacionado com situações determinantes, embora possa ser desencadeado por algum evento estressante. Os sintomas estão presentes na maioria dos dias e por períodos prolongados, de meses até anos. Além disso, o paciente sofre também com sintomas de inquietude, cansaço, dificuldade de concentração, irritabilidade, tensão muscular, levando a dores de cabeça ou nas costas, insônia, e aumento ou diminuição do apetite. É comum também o abuso de álcool e outras substâncias, que são usadas para dar a sensação de relaxamento. O início é geralmente insidioso e precoce, e o paciente costuma dizer que sempre foi “tenso ou nervoso”.

    O tratamento medicamentoso é feito com o uso de antidepressivos a médio e a longo prazo, e muitas vezes é necessária também a associação com psicoterapia. É sempre indicado também mudanças de estilo de vida, como buscar uma alimentação saudável, praticar exercícios físicos regularmente, buscar atividades e hobbies que são prazerosos. É importante que se faça o diagnóstico precoce do Transtorno de Ansiedade Generalizada pois se não for tratado de maneira adequada por evoluir para outros quadros psiquiátricos, como depressão ou dependência de substâncias, e também pode precipitar e piorar outras doenças clínicas. Procure sempre ajuda de um especialista!
Isabella Gouveia é médica psiquiatra (CRM-PR 21583) e atende na Otocentro (Willie Davids 390, sala 25)

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