Em Rolândia, os dois Centros de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) acompanharam 149 casos de violação de direitos de crianças e adolescentes só em 2017. Esses casos incluem violência física, psicológica, negligência e abandono, violência, abuso e exploração sexual. “Esses são só os casos que chegam para nós, mas tenho certeza que são quatro, cinco vezes mais casos que estão acontecendo com crianças e adolescentes calados, que não falam por medo”, afirmou a secretária de Assistência Social, Sandra Martins. No total, no ano passado, os CREAS realizaram 953 atendimentos, além de visitas domiciliares, atendimentos em grupo, orientação em escolas e encaminhamento para o Conselho Tutelar. Em média, são 70 casos de violência por mês contra os rolandenses – estão inclusos aí os 150 casos contra as crianças e adolescentes.
Por essa razão, a secretaria de Assistência Social, através do CREAS I, promoveu na sexta (18) uma mobilização em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A ação aconteceu no Calçadão de Rolândia, no período da tarde, mas ao longo da semana, a pedagoga Cláudia Strassacappa, do CREAS, realizou visitas em instituições de ensino com a equipe.
Nos dois últimos anos em Rolândia, as ações foram realizadas dentro de escolas e CMEIs e em 2018, a secretaria optou por uma mobilização externa para informar e convocar toda a sociedade a participar da luta em defesa dos direitos sexuais de crianças e adolescentes e contra o abuso e da exploração sexual. Segundo Sandra, as ações de combate neste dia foram realizadas em todo o país.
A secretária deixou algumas recomendações, como de não deixar os filhos sozinhos ou dormirem na casa de colegas, além de observar e acompanhar a criança em banheiros em locais públicos. “O abuso é uma observação que temos que ter com muito cuidado. Quando uma criança chega pro pai ou mãe e fala alguma coisa, temos que observar”, aconselhou.
É importante ressaltar que grande maioria dos casos acontece na própria casa, com familiares como pais, padrastos, avós, primos e tios. “Por isso, devemos sempre orientar a criança para que quando alguém quiser tocá-lo, sempre contar para alguém que ela tenha confiança e se ninguém ouvir ele, tem que buscar ajuda, pode ser com um policial, professora, no Conselho Tutelar”, afirmou Sandra.
Além dos pais e familiares, os professores também devem ficar atentos a qualquer suspeita e denunciar. Ajude a combater o assédio e violência contra crianças e adolescentes por meio de denúncia anônima. Os telefones para denúncia são 100, 181, 3906-1111 (Conselho Tutelar) ou 3906-1092 (CREAS I). O Conselho Tutelar dá todas as orientações à família e faz o acompanhamento da criança.