A atuação dos conselhos municipais na Revisão do Plano Diretor

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    Os conselhos municipais de Defesa do Meio Ambiente (Comdema), de Turismo (Comtur) e o de Desenvolvimento Rural tiveram uma participação expressiva ao longo das discussões da revisão do Plano Diretor, com muitas sugestões e apontamentos. Dora Consani, secretária do Comdema, avaliou que o ITEDES, responsável pela confecção da revisão, se preocupou em atender as demandas apontadas pelos conselhos. “Nós estamos felizes, porque muitas coisas que foram reivindicadas, nós conseguimos”, declarou.

    Após participar da audiência pública da revisão, realizada no sábado (26), Dora relatou que a maioria das sugestões foram acatadas. Ao longo das discussões, os conselhos atuaram principalmente em prol da zona rural, que segundo Dora, não estava sendo visada pelo Plano. “Teve boa vontade dos dois lados, não foi uma coisa imposta, nós mostramos outro lado que, até então, eles não tinham conhecimento”, afirmou.

    Outros apontamentos já foram feitos aos responsáveis, que agora finalizam a revisão, que seguirá para aprovação dos vereadores na Câmara. “Algumas coisas que a gente achou que ainda poderia dar uma melhorada, pedimos para rever e eles vão mandar para nós de novo, pois ainda têm arestas a serem arrumadas”, contou a secretária de Planejamento, Catarina Schauff.

    Assim como Catarina, Dora lamentou o baixo comparecimento da população e acrescentou que o próprio poder público se mostrou pouco presente nas discussões, sendo representado por alguns secretários, funcionários e uma vereadora. “Faltaram muitos vereadores lá para ajudar a discutir”, opinou.

    Uma das solicitações dos conselhos foi a retirada de secretários e funcionários públicos do Conselho do Plano Diretor. A secretária ainda não sabe se essa demanda será atendida pelo ITEDES. Os conselheiros também cobraram a preservação da zona rural, mantendo os corredores de interesse turístico livres da instalação de empresas que não sejam agroindústrias. “Um ganho muito grande foi na região do rio Bandeirantes, que vai ser decretado como Zona de Interesse Ecológico”, acrescentou Dora.

    A secretária também lembrou que o Plano contemplou os bairros mais necessitados, principalmente em relação aos equipamentos sociais. Além disso, ela também aprovou a diminuição dos lotes para os próximos loteamentos na região do Alto da Boa Vista, que poderá ter mais moradores. Agora, a preocupação de Dora é que o Plano Diretor, assim como os Planos de Arborização e de Resíduos Sólidos, saiam do papel. “Eles entregam o Plano, mas não operacionalizam”, afirmou. 

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