A Escola Nossa Senhora Aparecida, do distrito de Bartira, em Rolândia, só ficará aberta até o final deste ano letivo. A decisão foi tomada pela Secretaria Municipal de Educação após avaliar a precariedade do prédio onde funciona a escola, avariado pelo tempo e pelas chuvas de 2016. Isso apesar das reformas.
“Inicialmente, fecharíamos já no dia 23 de julho, mas resolvemos manter até o final do ano, mas já vamos otimizar os serviços lá”, explicou Cláudio Pinho, secretário de Educação. A otimização será a manutenção de apenas um período de aulas no segundo semestre, ou seja, a partir de 24 de julho, as crianças terão aulas apenas pela manhã.
Em 2019, os alunos vão para a Escola Luiz Real, em São Martinho, outro distrito de Rolândia e alguns ficam no CMEI Rita Teodoro. No total, hoje a escola municipal N. S. Aparecida atende a 54 alunos. “Nossa equipe técnica avalia que, pedagogicamente, esses alunos terão ganhos e não prejuízos. Terão uma escola nova e em excelentes condições e terão mais alunos para se socializarem e trocarem experiências, ampliar sua compreensão de mundo”, ressaltou o secretário. Pinho afirma que, com a mudança, os alunos do Bartira terão um transporte exclusivo e em horário mais adequado.
No ofício enviado ao Ministério Público de Rolândia, a Educação ressaltou que a decisão levou em pauta quatro critérios importantes: as estrutura da escola, o número de matrículas, o aspecto pedagógico e a disponibilidade de recursos humanos. O documento também afirma que que a ação leva em consideração, principalmente, o benefício dos alunos e alunas.
Custo
De acordo com informações recolhidas pelo Jornal de Rolândia, fazendo uma conta objetiva, um aluno na escola do Bartira custaria algo em torno de R$ 1,2 mil reais por mês, bem acima do valor de outras escolas. Para se fazer uma comparação, a mensalidade em uma escola particular em Rolândia gira em torno de R$ 650,00.
Reunião tumultuada
Na noite de terça-feira (10), a Educação marcou uma reunião com os pais na escola Nossa Senhora Aparecida com o objetivo de passar os dados técnicos, mas houve muito tumulto e confusão e o encontro terminou sem que os pais fossem informados. “O que me deixa chateado é que estamos fazendo um trabalho correto. Com políticas públicas e não com politicagem. Chamamos os vereadores, a comunidade, comunicamos o MP, fazemos as etapas legais, mas na última parte, na de passar para a comunidade a situação técnica, vão para o Facebook e dizem que vamos fechar a escola no dia seguinte”, reclamou o secretário.
De acordo com Pinho, das mais de 50 pessoas presentes na reunião, apenas 23 assinaram como pais de alunos. Isso teria servido para tumultuar a reunião. Os vereadores Eugênio Serpeloni, Irineu de Paula, João Ardigo, Maria do Carmo, Edileine Griggio estavam presentes na reunião. “Eles estavam lá para ouvir a nossa equipe da Educação, toda a nossa diretoria, mas não foi possível devido às vaias”, concluiu Pinho.