Vez ou outra somos pegos de surpresa com denúncias de práticas antiéticas – e muitas vezes criminosas – de grandes organizações. Trabalhos semi-escravos, produtos adulterados, corrupção, propaganda enganosa, cartéis.
A ganância, a irresponsabilidade e a visão de curto prazo de empresários e gestores vem manchando a imagem de grandes instituições, comprometendo a confiabilidade de grandes marcas, causando insatisfação de seus consumidores e colocando em xeque a seriedade dessas organizações.
Estamos na era da transparência. Os consumidores exigem, de seus fornecedores, total transparência neste relacionamento de troca. Exigem ter garantias de que estão fazendo negócios com empresas sérias, idôneas e éticas.
Ao atuar de forma antiética, as organizações quebram essa relação de confiança. Por conseguinte presenciam seus clientes abandonando o barco. A consequência disso é a redução de vendas e a queda de faturamento. Mas isso é apenas a ponta de um enorme iceberg, uma vez que podemos enumerar outras graves conseqüências àqueles que “pisam feio na bola” e cometem atitudes antiéticas. Podemos destacar algumas:
Denúncias da imprensa – a imprensa, de um modo geral, vem atuando como fiscais da sociedade. Qualquer denúncia é investigada e a imagem da empresa é exposta à opinião pública, causando sérios prejuízos à sua reputação.
Multas milionárias para empresas irregulares – organizações comprovadamente culpadas por práticas antiéticas e ilícitas, são penalizadas monetariamente por entidades e órgãos regulamentadores.
Restrição às atividades de firmas de má conduta – uma das penalidades mais severas impostas às empresas antiéticas é a proibição da continuidade do seu negócio. Isso significa “fechar as portas” e encerrar as atividades.
Restrição às atividades de firmas de má conduta – uma das penalidades mais severas impostas às empresas antiéticas é a proibição da continuidade do seu negócio. Isso significa “fechar as portas” e encerrar as atividades.
Compromete os negócios com parceiros comerciais – empresas dependem de outras empresas para o sucesso de suas atividades. Que organização se sentiria à vontade em fazer negócios com uma empresa reconhecidamente antiética?
Como é possível perceber, a postura do “levar vantagem em tudo” não cabe mais no mundo dos negócios. Pelo menos àquelas organizações responsáveis que buscam a sua auto-sustentabilidade, a confiança de seus parceiros e o respeito de seus clientes.
Fábio Iwakura é consultor empresarial, diretor da Inteligência Consultoria Empresarial e colunista do Jornal de Rolândia
Contato: [email protected] / (43) 9.8404-0482