O leilão da Falida Berger Empreendimentos Imobiliários foi realizado no final de novembro de 2017, mas alguns problemas com a Justiça ainda estão impedindo que o valor arrecadado seja aplicado no pagamento de funcionários. Todos os 60 imóveis disponíveis foram arrematados, num total de R$ 4,4 mi.
O processo parou de caminhar devido a um trâmite jurídico, já que foram apresentados dois recursos e um mandado de segurança para derrubar as arrematações. “Os lotes que foram arrematados, os valores estão devidamente nas contas do leiloeiro, só que houve recurso da falida que está no Tribunal faz tempo e ainda não foi decidido o agravo”, explicou o advogado João Dionysio Neto, síndico auxiliar da massa falida da Berger Empreendimentos Imobiliários. A carta de arrematação foi suspensa pelo juiz até que a decisão saia de fato. “Ninguém ainda recebeu a carta de arrematação porque houve esse recurso ao Tribunal”, esclareceu.
O valor arrecadado com o leilão, portanto, ainda não foi destinado aos funcionários que esperam receber da falida. “Qualquer empregado do Curtume Berger que pediu certidão de credito na Vara do Trabalho para se habilitar na falência da Berger Empreendimentos e que já tenha sido julgado como precedente, terá que esperar a liberação do agravo – e que eles percam – para então realizarmos os pagamentos aos empregados na forma da lei. Pode não ser integral, mas pelo menos proporcional vai ser”, detalhou João Dionysio.
Quase 30 lotes não foram leiloados porque o município afirmou que eles seriam de sua propriedade, mas não enviou as informações solicitadas pelo síndico para constatação. Sobre esses lotes em específico, o síndico auxiliar acredita que o melhor é aguardar. “Nem adianta eventualmente termos uma resposta e mandar a leilão, porque seguramente vamos ter outros recursos e ficará pior do que está”, afirmou o advogado.
