O segundo encontro do I Simpósio “Muitas lutas, muita resistência, muitos caminhos: aprendendo sobre a Lei Maria da Penha” será realizado na noite desta sexta-feira (10) no auditório da Faculdade Paranaense – Faccar. No programa, duas palestras: uma sobre Alienação Parental e outra sobre Direitos Humanos na Família. A faculdade rolandense é apoiadora do evento organizado pela Prefeitura de Rolândia, através da Secretaria da Mulher e da Família.
Alienação
O primeiro tema a ser discutido, a partir das 19h15, será “Alienação Parental: A Infância Roubada”, com a palestrante Juliana Tavares, advogada criminalista de Londrina. “Abordaremos o tema e suas consequências para a criança e o alienador”, afirmou Juliane à reportagem do JR.
Aquele que pratica a alienação parental, ainda que não tenha consciência da ilegalidade do ato, está fazendo com o objetivo de atingir o outro genitor. “No entanto, o alienador ou alienadora não percebe que, na verdade, está afetando o desenvolvimento psicológico da criança ou adolescente, o que, lamentavelmente, pode acarretar em consequências desastrosas no futuro daquela vítima”, concluiu Juliana Tavares.
Direitos Humanos
O segundo tema da noite será “Direitos Humanos: Tecendo uma rede de proteção na família” com Fabio Brasilino, Professor de Direitos Humanos da Faccar. Em conversa com o Jornal de Rolândia, o professor Fábio Brasilino falou sobre a palestra e seus objetivos. “Queremos trazer à comunidade esclarecimentos de como os direitos humanos podem contribuir com a rede de proteção à família”, enfatizou o professor. Entre os presentes será discutido o que seria, afinal, os direitos humanos, como o reconhecimento de que em decorrência – dos direitos – surgem deveres e, com isso, qual seria a contribuição para a proteção da família. O palestrante também abordará as especificidades dos direitos humanos, demonstrando como eles interferem no dia-a-dia da comunidade, esclarecendo qual a importância de tais direitos e como o seu reconhecimento pode contribuir para o desenvolvimento de toda a sociedade. “O que se busca na palestra é traçar um paralelo entre o discurso e a prática, pois o fim da humanidade é a busca pela felicidade e isso apenas será possível se todos os envolvidos no meio social souberem – e praticarem – os seus direitos e deveres, que são frutos de lutas históricas pela afirmação e reconhecimento da dignidade da pessoa humana”, resumiu Fábio.
Acerca dos temas
“Os temas vêm ao encontro com a questão que envolve a família e toda a problemática que gera a violência doméstica, tanto a questão da alienação parental, que envolve a criança e aspectos psicológicos, quanto os direitos humanos: a pessoa ter o direito de escolher ou não permanecer com outra pessoa”, comentou a secretária Adriana Palmieri.
A primeira rodada de palestras foi no dia 26 de julho e contou com a presença de cerca de 160 pessoas, entre mulheres e homens interessados no assunto. O mesmo público deverá comparecer na sexta (10). Adriana destacou que esse primeiro dia representou uma conquista na conscientização sobre a violência contra a mulher. “Teve diálogo e reflexão, na perspectiva de promoção desse assunto, que é muito importante”, resumiu a secretária.
No terceiro dia de evento, que será em 28 de agosto, o tema a ser debatido em uma mesa redonda será “Ciclo difícil de romper, mas não impossível”. A mesa será composta por Talita Arruda (Advogada Criminalista em Maringá), Rose Leonel (Ativista dos Direitos da Mulher em Maringá) e Terezinha Pereira (Assessora das Políticas Públicas para Mulheres da Prefeitura de Curitiba). A mediadora será a professora Simone Brum.