Nesta segunda (10), as rolandenses estão convidadas a participar de uma palestra que irá abordar a síndrome do pânico, depressão e suas causas nas mulheres. O evento faz parte do projeto “Mulheres Fortes”, idealizado pela rolandense Patrícia Moço da Silva Lopes, e terá início às 19h30 no Salão Comunitário do Parigot de Souza, que fica na Rua Dracenas. O palestrante será o médico londrinense Rafael D’Athayde Bock, que é clínico geral e atua na área de psiquiatria na UBS do Parigot. “Ele é bastante requisitado na região, o pessoal o procura bastante”, relatou Patrícia. A expectativa é receber cerca de 100 mulheres para a palestra.
O projeto “Mulheres Fortes” existia no coração de Patrícia há cerca de dois anos e em agosto, ela realizou o primeiro encontro, onde contou sua experiência com o filho, que é ex-dependente químico e ficou cinco anos nas drogas. Cerca de 35 mães compareceram ao primeiro encontro. “Falamos sobre como é ter um filho adolescente na dependência química, com conselhos e instruções”, contou Patrícia.
A líder do projeto ainda ressaltou que ele não é ligado a nenhuma denominação religiosa ou política. “Acredito que é um projeto que ajudará muitas mulheres em Rolândia”, afirmou. Patrícia planeja realizar uma palestra do projeto por mês, de diversos temas voltados à mulher, e já adiantou que uma sobre dependência química será agendada no distrito do Bartira. “Esse trabalho com mulheres é voluntário e gratuito, por amor as vidas mesmo”, relatou. “Não acho justo guardar para mim tudo o que eu passei na minha juventude, ter sido filha de mãe alcoólatra, ter tido que parar de estudar aos 14 anos, casar tão jovem, ver o filho nas drogas”, elencou Patrícia.
A rolandense tem 41 anos, é microempreendedora e tem uma empresa de doces caseiros com o marido Daniel. Patrícia fez cursos para aprender a montar grupos e realizar esse trabalho, que já é uma vocação, e pretende cursar Serviço Social. “Eu já faço isso de forma voluntária, já está no meu sangue, só preciso do diploma para exercer”, declarou. Para o futuro, ela planeja formar uma associação para fornecer apoio e fortalecer a independência nas mulheres. “Queremos ter CNPJ e tudo, para podermos ter psicóloga, assistente social, advogada, mais palestras”, adiantou.