Prefeito afastado fala com exclusividade com o JR

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    Após o afastamento do prefeito, secretários e de uma servidora, investigados por um suposto envolvimento em um esquema de corrupção, Luiz Francisconi Neto (PSDB), chefe do Executivo rolandense, concedeu com exclusividade uma entrevista ao JR relatando sua postura frente às acusações.  

    A Operação Patrocínio foi deflagrada na segunda (10) pelo Gaeco (Grupo de Ação Especializada no Combate ao Crime Organizado) e Gepatria (Grupo Especializado na Proteção ao Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa) de Londrina, enquanto o prefeito estava de férias no exterior. 

    Já de início, Francisconi ressaltou que ainda não tem conhecimento de todos os detalhes do processo judicial. “O advogado ainda não teve acesso aos autos, então aguardamos ter o acesso e ciência de tudo o que está sendo dito pelo Ministério Público para depois, com mais detalhes, podermos dizer e formalizar a defesa”, explicou. 


    Mesmo assim, o prefeito afastado revelou como viu a denúncia de que haveria um esquema criminoso em sua administração. “Organização criminosa acho que é um termo muito pesado. Eu e os outros secretários que foram nomeados desde o início, ou outros que chegaram no meio do caminho, tiveram sempre boas intenções e trabalharam para fazer o melhor dentro da sua pasta”, avaliou. Ele reafirmou ter confiança em sua equipe. “Você não nomeia um secretário se não confiar nele”, justificou. “Qualquer pessoa, seja quem for, se fizer um ato que não corresponde com o que achamos que é o correto, deve pagar por isso”, afirmou Francisconi. 

    O prefeito afastado ainda se mostrou insatisfeito com a condenação antecipada, já que ele ainda não se defendeu judicialmente. “Na mídia, já deram um veredito e condenaram todos, inclusive a mim, hoje sou culpado, ladrão, bandido”, relatou. “Estamos numa fase do processo de ouvir pessoas, juntar documentos, coleta de dados e informações, não se chegou ao final do processo e não existem condenados”, relatou o prefeito afastado. “Acredito que o mais correto e justo seria esperar que as coisas aconteçam, que cada alvo desse processo tenha sua definição, se é culpado ou não para que cada pessoa faça seu juízo de valor”, opinou.


    A decisão judicial de usar tornozeleira eletrônica será cumprida por ele. “Tenho que cumprir, nunca vou ser contrário a nenhuma decisão da justiça, seja ela qual for, concorde ou não”, declarou. O prefeito afastado garantiu ter tranquilidade em relação a sua conduta na administração pública. “Não fiz nada de errado, vou provar isso depois que o advogado tiver acesso aos autos e formalizar a defesa”, assegurou. 


    Francisconi deverá recorrer à decisão, de acordo com a orientação do advogado. “Tudo o que couber dentro do processo, liminar, enfim, o que tiver que ser feito será feito”, disse. Agora, a administração municipal está na mão do vice-prefeito, Roberto Negrão (PR). “O Roberto é uma pessoa tranquila, serena, que não vai permitir que as coisas parem, porque quem não pode perder com isso é a cidade, ela tem que continuar normalmente, a administração tem que continuar”, concluiu Luiz Francisconi. 

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