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Exame de cariótipo já no hospital

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    Uma lei aprovada pela Câmara Municipal de Rolândia, na segunda-feira (24), visa obrigar que maternidades, hospitais e instituições da rede pública de saúde de Rolândia realizem a coleta do teste de cariótipo. O exame do estudo cromossômico é realizado em recém-nascidos e pode identificar doenças cromossômicas ou genéticas, como a Síndrome de Down. Como em Rolândia, atualmente, há apenas o Hospital São Rafael, a lei seria exclusiva para ele.

    O projeto é de autoria do vereador Rodrigão (SD) e tem como objetivo viabilizar o acesso ao exame. A realização é garantida mediante verificação e diagnóstico clínico da criança pelo pediatra ou especialista, que precisa notar a presença dos sinais cardinais dismórficos ou sugestivos, que possam indicar alguma dessas doenças.

    A lei ainda asseguraria, se sancionada, o acesso a segunda linha de exames genéticos e técnicas recomendadas pelo especialista, quando considerar a possibilidade dessas doenças, mesmo que o cariótipo seja normal. A lei ainda precisa ser sancionada pelo prefeito interino Roberto Negrão (PR) para entrar em vigor.

    O vereador explicou que o projeto começou a ser gestado no ano passado, por sugestão de uma mãe que faz parte da AMARE (Associação de Mães Rolandenses Especiais). “Ela me questionou, eu comecei a pesquisar e me inspirei em uma lei de Curitiba”, contou. A lei passou pelas comissões no ano passado, mas entrou em votação somente neste mês de setembro.


    O setor de Regulação da secretaria de Saúde de Rolândia informou que o procedimento atual, de acordo com os parâmetros do Ministério da Saúde, disponibiliza o exame sem custo quando há suspeita, mas não diretamente na maternidade. O pediatra ou médico responsável orienta que os pais procurem sua Unidade Básica de Saúde (UBS) para solicitarem o exame. Geralmente, os casos são encaminhados para o Hospital Universitário (HU) de Londrina.


    O laboratório Labormed, de Rolândia, realizou em 2017, 16 exames de cariótipo do tipo “banda G”, que promove o primeiro diagnóstico. O resultado demora cerca de 40 dias e o custo é de R$ 350. A farmacêutica bioquímica responsável da Labormed, Maria Fernanda Casado Serpeloni considera um avanço que já se faça o exame com o bebê ainda nos primeiros momentos de vida. “Se houver a coleta ainda no hospital, a evasão seria bem menor e o bebê, se confirmada a síndrome, poderia começar a receber estímulos adequados e acompanhamento bem antes”, ressaltou Maria Fernanda. Com o diagnóstico precoce, pode-se estimular o desenvolvimento da criança o quanto antes, melhorando sua qualidade de vida. No Brasil, 1 a cada 750 nascidos é diagnosticado com Síndrome de Down.

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