Parto humanizado é um parto que respeita as decisões da mulher que deseja parir. Apenas e somente isso. De forma palpável, é poder ficar na posição que a deixa mais confortável, é matar a sede, ou comer algo que deseja, é caminhar, dentre outros, durante o trabalho de parto.
No parto humanizado, a mulher pode optar por não querer procedimentos desnecessários tanto à ela quanto ao bebê em uma gestação e nascimento saudáveis, baseados em evidências científicas recentes. É ter poder de escolha, sustentado em informações de qualidade.
A assistência que sabe atuar em um parto humanizado, apóia, orienta e ajuda essa mulher a ter seu parto com paciência, tranqüilidade, confiança, estimulo e segurança, e está pronta para qualquer intercorrência.
No parto humanizado, possíveis intervenções podem acontecer antes, durante ou após o trabalho de parto. Mas elas acontecem somente quando a situação verdadeiramente exige essas interferências, jamais por rotina, praticidade ou conveniência da equipe!
Cada mulher é única e com uma série de peculiaridades e isso precisa ser levado em consideração diante de todo o quadro clínico da mulher para a tomada de decisões. O parto possui uma diversidade de situações muito grande. É tarefa da equipe que assiste a esse parto estar preparada para todas essas diversas possibilidades e agir conforme a gestante e o momento exigem. Por isso, no parto humanizado não existe um procedimento específico ou normas rígidas a serem adotadas, somente mediações responsáveis visando o bem da mãe e do bebê.
Há uma confusão de idéias sobre esse novo conceito no Brasil, algo que alguns chamam de “modismo ou movimento”. Comumente os partos são encarados como procedimentos mecânicos ao invés de existir um respeito à individualidade da gestante. Muitos confundem erroneamente o termo parto humanizado como sinônimo de parto sem anestesia, parto na banheira ou parto em casa. Mas o parto humanizado não se limita apenas ao momento do nascimento do bebê e sim à todo processo da gestação, do nascimento e do pós-parto, levando respeito e autonomia à parturiente, dando abertura a essa gestante para que fale das suas expectativas, medos, ansiedade, e não tratando-a como ”apenas mais uma”.
Em países desenvolvidos como Inglaterra, Holanda, entre outros, esse termo sequer existe justamente por ser o padrão nos atendimentos. Que tão logo mais e mais pessoas entendam o verdadeiro significado e a importância do parto humanizado e não o confundam com irresponsabilidade. Até porque o que o parto humanizado mais preza é responsabilidade e conhecimento sobre o próprio corpo, bem como ações fundamentadas na medicina baseada em evidências científicas.
GESTA ROLÂNDIA
Com objetivo de informar e nutrir o desejo na mulher pelo Parto Normal, o grupo de apoio Gesta Rolândia se reúne em encontros mensais (na biblioteca Cidadã do Domingos Neves). O Gesta também faz publicações diárias no Facebook e convida a todos para curtir e acompanhar a página. O convite também se estende para as reuniões mensais, sempre aos sábados.