Com cara, jeito, coração e nome de Papai Noel

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    O nome do santo que deu origem a história do Papai Noel destinou Antonio Nicolau Thamm (61) a assumir essa missão nos natais em Rolândia desde 2012. Seus pais escolheram esse nome para homenagear o avô. “Teve uma discussão em família quando eu nasci, porque tenho um avô chamado Antonio e o outro Nicolau, então ficaram entre Nicolau Antonio ou Antonio Nicolau”, revelou. 

    Ele, que trabalhou no ramo da gastronomia e no comércio, se vestiu de Papai Noel pela primeira vez em 2006, recorrendo à barriga e barba falsas para alegrar a criançada da família. Em 2012, Nicolau teve uma doença que degenerou sua coluna e o afastou do trabalho. “Fiquei doente em outubro e quando chegou dezembro, eu ainda não tinha cortado a barba. Estávamos enfeitando a árvore e achamos uma touca de Papai Noel. Coloquei, olhei para minha mulher e disse que eu começaria a brincar de Papai Noel”, contou. Ele deixou a barba crescer para que no ano seguinte começasse a missão de São Nicolau.

    No Natal de 2013, Nicolau, já barbudo, comprou a roupa de Papai Noel, arrumou balas e saiu no Centro da cidade à noite. Seu neto, com 5 anos na época, o acompanhou vestido de duente. O passeio foi um sucesso e eles receberam diversos convites para entregar presentes na véspera do Natal. Daí em diante, a missão não parou mais. 

    Em 2014, Papai Noel, ops, Nicolau já foi contratado pela ACIR para fazer parte das ações de Natal no comércio e diversas empresas começaram a chamá-lo para ser o Bom Velhinho. Boa parte de suas ações são sociais – ele pede o pagamento em mercadorias para doar para instituições. Há três meses, Nicolau sofreu um AVC e achou que nem conseguiria ser Papai Noel neste ano. Com muita fisioterapia e remédios, conseguiu manter a atividade neste Natal. 

    Ser Papai Noel não é tarefa fácil. “A barba de Papai Noel muitas vezes serve como lenço, para esconder as lágrimas que escorrem. Tem pedidos de uma criança que você não pode ajudar, muitas crianças parando e pedindo ao Papai Noel para ir em sua casa. Fico muito emocionado, mas no máximo tenho uma balinha para dar pra eles, por isso faço as doações por fora, para que eu não fique com peso na consciência de não ter feito nada”, desabafou. Engana-se quem pensa que as crianças só pedem brinquedos. Nicolau conta que muitos pedem que o pai e a mãe reatem o relacionamento. “Falo a eles que é uma coisa de Deus”, relatou. 

    As histórias de Nicolau como Papai Noel são comoventes. “Uma vez estava no shopping e a criançada de uma escola tinha ganhado ingressos para o cinema no final de ano e não deixavam as crianças passarem pelo Papai Noel. Uma dessas crianças fugiu e me chamou, me abraçou e veio pedir o que poderíamos fazer por eles. Tentei contorná-la e depois chamei a professora, que me disse que a situação deles era precária e eu estava em uma situação que não podia fazer nada por eles. É difícil”, contou. Enquanto tiver forças, Nicolau pretende se dedicar a vida de Papai Noel, pois entende que essa figura representa muito para as crianças. “Nessa época, já não me chamam nem pelo meu nome, é só Papai Noel. Estava destinado”.
    Quem é o Papai Noel de Rolândia?
    Antonio Nicolau Thamm tem fortes raízes na cidade. Nasceu em 17 de maio de 1958 em Rolândia, passou toda sua vida aqui e casou-se com uma rolandense:  Célia Alves Thamm (55), que também é a Mamãe Noel. Célia nasceu em 30 de junho de 1963 e é filha do conhecido seu Jordão, que vendia bilhetes. O casal, que mora no Cidade Verde, teve dois filhos, Cristiano (37) e Paulo (35), que moram em Rolândia e lhes deram quatro netos e uma neta. Cristiano e sua esposa Priscila são pais de Richard (11), Arthur (5) e Maria Alice (1). Paulo é pai dos gêmeos Lucas e Matheus (5), de seu casamento com Vanessa. 

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