Fobia Social – por Dra. Isabella L. C. Gouveia

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Sentir timidez e vergonha é algo completamente natural quando estamos diante de situações em que podemos ser o foco da atenção dos outros, como quando temos que falar em público, quando vamos conhecer alguém estranho, ou quando começamos um novo emprego, por exemplo. Porém, o esperado é que esse sentimento não nos impeça de fazer o que é preciso e que ao longo do tempo nós nos acostumemos e nos familiarizemos com a situação, e assim ela deixa de gerar ansiedade e insegurança. Quando isso não acontece, quando essa ansiedade e esse medo de estar em situações sociais é tão intenso que traz limitações ou sintomas graves, a pessoa pode estar sofrendo do que chamamos de fobia social, ou transtorno de ansiedade social.

A pessoa que sofre de fobia social preocupa-se excessivamente com a maneira como os outros vão avaliá-la, nas mais variadas situações. Apresenta sintomas físicos de ansiedade, como palpitações, sudorese, mal-estar, tontura, caso precise ficar exposta à atenção dos outros. Preocupa-se em passar por situações constrangedoras ou humilhantes ou, ainda, em ofender alguém.

Esse desconforto intenso em situações sociais pode limitar bastante a vida da pessoa. Alguns exemplos de situações que tendem a gerar ansiedade:
– Falar em público
– Ir a festas com pessoas desconhecidas
– Entrar em um ambiente onde os outros já estão sentados
– Comer em público
– Frequentar lojas e falar com vendedores
– Ir a banheiro público
– Assinar cheques ou documentos com outra pessoa olhando
– Atender a porta de casa ou até mesmo o telefone

Quem tem fobia social pode evitar algumas ou todas essas situações, ou passar muito mal quando precisa enfrentá-las. Os sintomas podem surgir cedo, na maior parte das vezes na adolescência, e pode ser responsável por abandonos escolares. Crianças que sofrem provocações, como bullying, rejeição, ridicularização ou humilhação tendem a ser mais propensas a distúrbios de ansiedade social. Além disso, acontecimentos negativos e/ou traumáticos na vida da criança, como conflitos familiares ou abuso sexual, podem ser associados ao transtorno também.

Muitos casos passam anos sem ser diagnosticados. Os pacientes acabam se “acostumando” a viverem isolados, fugindo do contato social. Porém, isso pode levar a sintomas depressivos graves, bem como ao abuso de álcool e outras substâncias. Portanto, é muito importante que se saiba que existe tratamento para fobia social! O médico psiquiatra é o profissional indicado para avaliar e estabelecer um tratamento adequado, que na maior parte das vezes envolve medicamento associado a psicoterapia.

Dra. Isabella L. C. Gouveia é médica psiquiatra e atende no Centro Médico Norte do Paraná (Rua Martin Friedrich Mewes, 101, Roland Garden, Rolândia, fone 3176-2700)
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