EMPATIZANDO

    “Eu danço desde criança, com 5 anos de idade. Me lembro muito de estar dançando com meu tio, Natanael, que era fĂŁ do Michael Jackson. Dançava ouvindo Bee Gees nas festas da famĂ­lia e depois repetia as coreografias do Rouge. Ficava sempre atento Ă s coreografias. HĂĄ cerca de seis anos comecei a dançar profissionalmente e hoje sou especialista em Stiletto, a dança de salto alto, o que faz algumas pessoas me olharem de maneira diferente. 

    A recepção ao que eu fazia foi boa desde o inĂ­cio, mas que tive um pouco de medo. Vivemos num paĂ­s muito preconceituoso, infelizmente, no qual mais se mata homossexuais e isso dĂĄ insegurança. PĂ´xa, tem um vĂ­deo meu na internet, dançando de salto alto… Graças a Deus jĂĄ passei dessa fase.
    Nunca me falaram nenhum comentĂĄrio maldoso ou preconceituoso. Fico feliz com relação a isso, mas ĂŠ difĂ­cil, principalmente na internet, onde hĂĄ muita crĂ­tica a meninos que dancem algo que fuja do padrĂŁo masculino. A dança tambĂŠm serve para que eu me esqueça de eventuais problemas – mesmo dando aulas, saio para dançar e aliviar o estresse. Dançar relaxa.

    Dou aulas em Londrina de Stiletto e Jazz Funk, alĂŠm de fazer parte do corpo bailarino do cantor londrinense Dan Murata. Moro com meus pais e minha irmĂŁ em Rolândia. No inĂ­cio, minha mĂŁe achava muito estranho eu dançar em cima de um salto alto (Stiletto), mas meu pai sempre foi mais tranquilĂŁo.”

Fernando Matias tem 24 anos

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