Afastado da atribuição de prefeito até a última quinta (14), Luiz Francisconi Neto (PSDB) chegou às 14h dessa segunda (18) para reassumir o cargo na Prefeitura de Rolândia. Foram exatamente 160 dias longe da cadeira de prefeito, afastado pela Justiça, atendendo a uma solicitação do Ministério Público (leia—se Gepatria e Gaeco). Francisconi e outros investigados na Operação Patrocínio foram afastado no dia 10 de setembro do ano passado. A prefeitura de Rolândia foi comunicada do retorno de Francisconi na sexta-feira (15), às 16h16, via e-mail.
Inicialmente, ele conversou com seu vice Roberto Negrão (PR) que ficou interinamente no comando da prefeitura por cinco meses. O monsenhor José Agius também esteve no gabinete e fez uma oração, juntamente primeira-dama, Nilza Francisconi, e outros convidados. A primeira reunião do retorno de Francisconi contou com Celso Chequin, secretário de Administração, Marcos Rogério Gabriel, secretário de Finanças, e Paulo Lima, secretário de Compras.
Em entrevista coletiva à imprensa da região, ele afirmou se sentir feliz pelo retorno. “A mesma Justiça que me afastou foi a que me devolveu ao cargo, então acredito que viram que há elementos suficientes para que eu retorne”, declarou. Francisconi agradeceu ao vice e à equipe que esteve à frente da Prefeitura durante seu afastamento. “Vou me inteirar de tudo o que aconteceu ao longo desses cinco meses e trabalhar pela cidade”, enfatizou o prefeito.
Entre as prioridades elencadas pelo prefeito nesse retorno estão o cemitério, recape asfáltico, o hospital regional, o combate ao mato alto. Francisconi também ressaltou que continuará com o planejamento que iniciou a administração em 2017. “A cidade não pode perder e sofrer por conta dessas situações”, concluiu.
Lembrando o caso
A medida cautelar havia afastado Luiz Francisconi Neto do cargo de prefeito de Rolândia em 10 de setembro do ano passado – o prefeito e outros cargos comissionados são investigados na Operação Patrocínio por suposta propina, favorecimento em licitações e caixa 2. O processo continua correndo, apesar de nenhuma ação ter sido instalada ainda.
Na Câmara, através de um requerimento do vereador João Gaúcho (PSC), a Comissão Processante contra Francisconi foi instaurada no dia 29 de outubro de 2018. A abertura da CP se justificava com a intenção de se apurar possível fraude em licitação, recebimento de propina e atos de improbidade em razão de infração aos princípios da administração pública. A denúncia contra o prefeito foi arquivada pela Câmara na sessão de julgamento que o absolveu no último dia 02 de fevereiro: foram seis votos pela cassação e quatro abstenções (eram necessários sete votos).