O município de Rolândia pode ganhar uma ajuda valiosa para diminuir o tempo de espera por cirurgias de alta complexidade, especialmente na área de ortopedia. Atualmente, há rolandenses esperando há mais de três anos por uma cirurgia no joelho, por exemplo. Uma reunião em Curitiba, realizada na semana passada, pode fazer com o Honpar (antigo João de Freitas) realize cerca de 80 cirurgias em rolandenses.
O encontro reuniu a vereadora Edileine Griggio (PSC), o então prefeito interino Roberto Negrão (PR), o deputado Cobra Repórter (PSD), Roberto Koch, diretor do Honpar, empresários e Geraldo Biesek, superintendente em Gestão da Secretaria Estadual de Saúde. O pedido foi para que se liberasse que os procedimentos cirúrgicos de alta complexidade fossem realizados pelo hospital de Arapongas.
“Os procedimentos de alta complexidade são cirurgias que precisam de UTI”, explicou Arlete Cristina Rodrigues, diretora da Atenção Especializada da Secretaria de Saúde de Rolândia. “São cirurgias de prótese de quadril, algumas de joelho, bariátricas, cardíacas”, explicou a diretora. Hoje, o Honpar já realiza cirurgias cardíacas em rolandenses e a espera pela bariátrica não é longa. “Em Rolândia, há pacientes esperando há mais de 3 anos por cirurgia no quadril e cirurgia no joelho”, informou Arlete.
Para que o Honpar também possa realizar cirurgias ortopédicas em rolandenses é necessário que a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) “libere” o procedimento, haja visto que Rolândia pertence à 17ª Regional de Saúde e o Honpar, à 16ª Regional. Como algumas cirurgias cardíacas já são feitas em Arapongas, isso mostra que é possível tal liberação. O procedimento todo tem de ser comunicado pela Sesa à 17ª Regional, à 16ª e à secretaria de Saúde de Rolândia.
Nesta semana, a Sesa inclusive reuniu todos os secretários municipais de Saúde em Curitiba e talvez algo nesse sentido possa ter chegado até o secretário de Rolândia, Marcelo Marques.
Processo
O paciente vai ao médico que o avalia. “Se ele precisar de uma intervenção cirúrgica, a demora se dá por que há apenas dois hospitais em Londrina que fazem cirurgias ortopédicas de alta complexidade: o Evangélico e o Hospital Universitário (HU)”, afirmou Arlete. “Se conseguíssemos um outro hospital para essas cirurgias, seria muito bom”, ressaltou Arlete.
O números de rolandenses esperando por consultas ou cirurgias ortopédicas é bem grande, segundo a Saúde municipal. “Só com problemas no ombro são 449 pessoas esperando por uma avaliação, 151 pacientes com problemas no joelho, 61 pessoas com problemas no pé e 11 com problemas na mão. Muitas podem ser de grande complexidade”, resumiu Arlete.