Violência: SAEM já atendeu a mais de 600 mulheres

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    O Serviço de Atendimento Especializado à Mulher (SAEM) funciona em uma sala exclusiva e dentro da Delegacia de Polícia Civil de Rolândia (Avenida Castro Alves, 2315 – Centro), atendendo as mulheres vítimas de violências, principalmente a doméstica (Lei Maria da Penha) desde abril de 2018. 

    Em quase um ano de funcionamento, cerca de 600 mulheres passaram pelo SAEM, dando cerca de 50 atendimentos por mês. “Uns 80% delas pedem medidas protetivas, acabam sendo poucas as que não representam. Quando elas chegam aqui, nós orientamos sobre quais medidas serão feitas, mas essas 20% têm medo de representar contra seu agressor, ou depende dele, não tem para onde ir”, detalha Juliana Peixoto, escrivã do Setor de Atendimento Especializado a Mulher (SAEM).

    Atendimentos de estupros, ameaças, difamação, agressão física, psicológica e até mesmo financeira, em poucos casos. “Por exemplo: teve uma moça de outra cidade que tinha parentes com alto poder aquisitivo em Rolândia, mas como ela estava casada com um homem também de poder aquisitivo alto, ela não trabalhava e só cuidava dos filhos. Ela dependia dele e ele a dizia que se ela fosse embora, ia parar de pagar escola para crianças, colocar o apartamento a venda. E ele batia nela também”, explicou. 

    Esse número de atendimentos não necessariamente reflete a real quantidade de mulheres vítimas de violência doméstica. “Muitas ainda apanham caladas. Mas se tem denúncias, a gente verifica”, assegurou. No entanto, para Juliana, o fato de contar com um setor especial e o atendimento ser realizado por uma mulher deu mais confiança para as vítimas buscarem ajuda. 

    “Com a medida protetiva, a polícia está agindo bem rápido e prendendo muitos agressores”, acrescentou. Além disso, ela apontou que divulgação de casos na imprensa em que o agressor é preso e punido também pode dar coragem às mulheres para procurarem atendimento. 

    Para que o serviço continue sendo realizado da melhor forma, o SAEM precisa contar com uma secretária efetiva na Assistência Social, pasta que administra os CRAS e CREAS da cidade, que repassam casos de violência ao SAEM e também ajudam no acompanhamento às mulheres. Atualmente, a Assistência está interinamente sob o comando de Paulo Lima, secretário de Compras.
 
    Meter a colher sim
    O atendimento do SAEM acontece das 8h30 às 12h e das 13h30 às 18h, de segunda a sexta. Para mais informações, o telefone da Delegacia é o 3255-1883. Os números 180 e 181 são para denúncias anônimas de violência contra a mulher 24h por dia, incluindo feriados e finais de semana. “É só dar o endereço e relatar o que está acontecendo, se a mulher apresentar hematomas, ou se você ouvir gritos”, orientou Juliana. 

    De janeiro a julho de 2018, o Ligue 180, Central de Atendimento à Mulher do Ministério dos Direitos Humanos (MDH), registrou quase 80 mil casos de violência no Brasil. Dos 79.661 casos, os maiores números são referentes à violência física (37.396) e violência psicológica (26.527).

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