O Conselho Comunitário de Segurança de Rolândia, que foi reativado há pouco mais de um ano, em março de 2018, conseguiu a doação de um computador com monitor e webcam para a cadeia de Rolândia. Estes equipamentos possibilitam que os presos prestem depoimentos por videoconferência, sem ter que se deslocar para o Fórum.
O então, na época, comandante do 15º Batalhão de Polícia Militar, major Jota Carlos, informou o conselho que o Departamento Penitenciário do Estado do Paraná (Depen) havia assumido a carceragem em Rolândia e que a ideia era fazer os depoimentos dos presos via videoconferência de dentro da prisão. “Isso para não ter a necessidade de tirar o preso, colocar em uma viatura, levar até o Fórum, ficar a viatura e os policiais esperando, além da periculosidade do preso, que pode exigir também a escolta”, justificou o presidente do conselho, Francisco Carlos Zonta. Do Fórum, que já é equipado com os itens necessários, advogado e juiz podem falar com o preso diretamente da cadeia.
Os equipamentos, avaliados em cerca de R$ 6,5 mil foram adquiridos com a ajuda de empresários e doados à Polícia Civil. Na cadeia, os equipamentos vêm sendo utilizados há aproximadamente 30 dias, período em que já foi possível utilizar para cerca de seis depoimentos e comprovar que o sistema tem bom funcionamento, necessitando apenas de alguns ajustes de rede. “Existem ainda alguns pequenos problemas de acesso, mas isso é da rede do Fórum. O pessoal especializado deles é quem vai regularizar isso”, explicou Francisco.
Agradecimentos – O presidente visitou empresas junto ao vice-prefeito Roberto Negrão para solicitar o apoio deles nesta demanda. “A diretoria do conselho agradece aos três empresários de Rolândia pela doação destes equipamentos que foram destinados para os depoimentos por videoconferência”, declarou.
A última reunião do conselho foi na terça (23), no salão de festas da Loja Maçônica e a próxima deve acontecer em cerca de 60 dias. Neste encontro, foi discutida uma solução para a parcialidade do Depen sobre a cadeia de Rolândia. Francisco explica que existe uma área de carceragem onde ficam os presos, que já está sob o comando deles, e outra de depósito de itens apreendidos. “O Depen só irá assumir totalmente a carceragem a partir do momento em que esse espaço estiver liberado”, explicou o presidente.
O objetivo do conselho, portanto, é conseguir a disponibilização de um barracão sem custo para abrigar os itens, que incluem carros e motos. Caso algum empresário possa disponibilizar o local, pode entrar em contato com o presidente do Conseg pelo telefone 9.9972-3529. “Na área do depósito que for liberada, queremos que se construa uma área de oficinas para os presos fazerem algum trabalho e se ocupem enquanto pagam a sua pena”, revelou Francisco.