Olá, leitor e leitora do JR
O crime contra a pré-adolescente Eduarda Shigematsu, de 11 anos de idade, chocou a sociedade rolandense e colocou muitas pessoas em frente as casas dos crimes e também da delegacia. A maioria queria Justiça ou Justiçamento?
Será que a Eduarda pediu socorro? Não falamos só quando foi atacada e morta. Mas será que pediu socorro para a sociedade enquanto era maltratada e não amada, como toda criança deveria ser?
Li uma texto do professor Renato Malacrida, que deu aulas a Eduarda. O professor de História pedia desculpas à menina por não tê-la ouvindo gritando por socorro, mesmo enquanto dizia palavrões. Pediu desculpas por não ter entendido a língua que ela falava enquanto sofria.
Achamos que esse pedido de desculpas tem de ser estendido para nós, para toda a sociedade. Ainda permitimos que crianças morram espancadas, violentadas, maltratadas, que passem fome e frio, que não tenham escola e nem roupa…
Procurei pelo termo usado para designar o crime de quem mata seu filho ou filha. Está lá: filicídio e vem do latim filius. O crime tem nome, mas não explicação. Nunca tem.
Descanse em paz, Eduarda, e brinque muito onde você estiver. E que você seja amada, muito amada. Como nunca foi enquanto esteve aqui.
Nessa edição, são sete matérias com Realidade Aumentada.
Boa leitura e bons vídeos.
Josiane Rodrigues
editora
José Eduardo
editor