A pedido do Ministério Público, a secretaria de Meio Ambiente está preparando a última célula, espaço destinado para o depósito do lixo não-reciclável, do aterro sanitário de Rolândia para receber os descartes dos rolandenses. A atual célula já está acima de seu limite e por isso, cobrou-se urgência em providenciar mais espaço para os resíduos.
Como explicou Maico Dida, secretário de Meio Ambiente, a colocação de uma geomembrana para impermeabilizar o terreno está sendo feita para que o chorume, líquido poluente originado da decomposição de resíduos orgânicos, não infiltre na terra. “Terminamos a colocação de terra e a terraplanagem e estamos fazendo a compactação do solo com rolo para esta semana, começar a escavação para colocar os dutos de dreno do chorume”, detalhou. Na previsão do secretário, em 20 dias, a nova célula, de mais de 8 mi metros quadrados, já estará funcionando.
A geomembrana é colocada no fundo, coberta por terra, e também alcança as laterais do terreno, em forma de piscina. “Colocamos a terra para proteção, se não a geomembrana acaba rasgando. O chorume vai em direção aos drenos, que levam até as caixinhas de bombeamento e levam até o tratamento”, acrescentou Claudio Metzger, engenheiro civil da secretaria Planejamento. O chorume é destinado a uma lagoa, que passa para outra e chega a uma terceira, bem filtrada – essas lagoas são monitoradas para não transbordar e não infiltrar sujeiras para a terra.
O aterro tem cinco células e esta que está sendo preparada para receber o lixo é a quinta. Ou seja, logo o município precisará pensar em uma alternativa para os rejeitos dos rolandenses. Cada célula do aterro deve durar cinco anos, mas considerando a duração da última, que foi um pouco menor, a expectativa é que a capacidade se esgote em pouco tempo. A capacidade da célula poderá ser acrescida em breve, chegando a dimensões de mais 13 mil m².