O Ministério Público do Paraná, de Cambé, denunciou Renan Eduardo Irmer por duplo homicídio doloso simples (quando se assume o risco de matar), racha, omissão de socorro e abandono do local do acidente. Renan é acusado de atropelar e matar o casal Gregory Huyus de Oliveira, de 25 anos, e Daniela Aparecida Rodrigues Moraes, de 23, na noite de 8 de setembro de 2018 no semáforo da Bratislava, na BR-369, em Cambé. Esse crime tem pena de 6 a 20 anos – como são dois homicídios, no segundo crime, o réu pode pegar 1/6 da primeira pena dada.
O MP de Cambé também denunciou a José Antônio Francisco Filho por participação no racha, por omissão de socorro e por abandono do local do acidente. A juíza da Vara Criminal de Cambé, Jéssica Valéria Catabriga Guarnier, recebeu a denúncia, citou os dois réus, que já apresentaram a sua defesa à magistrada: José Antônio no dia 06 de abril e Renan na data de 3 de maio.
Testemunhas
A juíza Jéssica Valéria Catabriga Guarnier irá analisar os argumentos da defesa dos dois acusados e marcar as oitivas das testemunhas – nenhuma ainda foi marcada. São 10 pessoas arroladas como testemunhas pelo Ministério Público e 10 arroladas pelos advogados de defesa dos réus: três de José Antônio e sete de Renan. Algumas dessas testemunhas são estão nas três listas. Os depoimentos poderão ser presenciais ou por precatório, ou seja, as testemunhas podem ser ouvidas fora de Cambé, onde está correndo o processo.
Advogado das vítimas
Os familiares das vítimas Gregory Huyus de Oliveira, e Daniela Aparecida Rodrigues Moraes constituíram um advogado para trabalhar como assistente de acusação do Ministério Público durante todo o processo.
O caso
Na noite de 08 de setembro de 2018, um sábado, os noivos Gregory Huyus de Oliveira (25) e Daniela Aparecida Rodrigues Moraes (23) estavam em uma motocicleta e foram atropelados e morreram no semáforo da Bratislava, na BR-369, em Cambé. O casal planejava se casar em dezembro. Acusado e procurado, Renan Eduardo Irmer, de Rolândia, se apresentou na terça-feira (11) na delegacia de Cambé, fora do flagrante. Em seu depoimento, Renan afirmou que ultrapassou um caminhão e que não teve tempo de desviar da motocicleta O motorista também disse que não estava alcoolizado e que não omitiu socorro – afirmou que foi socorrido pelo motorista que era amigo dele e que também estava machucado.
O inquérito policial do delegado de Cambé, Roberto Fernandes de Lima, terminou no dia 10 de dezembro e concluiu que Renan assumiu o risco de matar quando dirigia seu carro que atropelou o casal. A polícia encontrou indícios de que Renan dirigiu após beber e também excedeu o limite de velocidade da pista. O inquérito apontou que o motorista participava de um racha quando atingiu a motocicleta, parada no semáforo.