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MP denuncia prefeito, 1ª dama e ex-comissionados

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    Cerca de 20 dias depois de ter ouvido o prefeito de Rolândia, Luiz Francisconi Neto, a primeira-dama, a médica Nilza Francisconi, o ex-subprocurador jurídico do município, Lucas Fernando da Silva, e a ex-secretária de Saúde, Rosana Alves da Silva, o Ministério Público do Paraná ofereceu denúncia contra os mesmos por improbidade administrativa. No dia 17 de junho, o promotor Renato de Lima Castro, do Gepatria (Grupo Especializado na Proteção ao Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa) havia colhido os seus depoimentos quando apurava supostas irregularidades em plantões feitos pela primeira-dama, que é servidora concursada, mas também prestava serviços por empresa terceirizada.

    A denúncia oferecida pelo promotor se refere a possíveis ilegalidades na contratação de empresas terceirizadas prestadoras de serviços médicos e a possíveis pagamentos indevidos por serviços não prestados pela médica, que é concursada no município há mais de 10 anos.

    O Ministério Público pediu também que a Justiça bloqueie bens dos denunciados até que a ação seja julgada. O MP solicita que seja bloqueado o valor de R$ 1.084.816,92 de bens que possam estar em nome da primeira-dama; R$ 507.610,92 de bens que possam estar em nome do prefeito; R$ 650.890,17 em bens que possam estar em nome da ex-secretária de Saúde e R$ 170.005,41 em bens que possam estar em nome do ex-subprocurador jurídico.

    Em junho, a reportagem do JR falou com o prefeito Francisconi sobre as denúncias do MP. “É um inquérito que está aberto no Gepatria desde janeiro e o objeto de investigação são os plantões médicos, do credenciamento que vem desde 2014. Ou seja, algo que não começou na minha gestão”, ressaltou o prefeito naquele momento. Ainda nessa entrevista o prefeito afirmou que a médica Nilza fazia plantão via credenciamento há muito tempo. “Fez plantão com o seu Eurides Moura (ex-prefeito), com o Johnny Lehmann. E a acusação diz que ela tem privilégios com a minha gestão”, afirmava Francisconi.

    O prefeito relembrou, ainda, da sindicância realizada sobre o mesmo assunto. “Juntamos os holerites de cinco anos e não tem nada de hora-extra. Ela nunca recebeu sem trabalhar. A questão de que os pontos não eram marcados pela biometria e sim à mão. Sempre foi assim. 
    
    Para todos os médicos”. Francisconi afirmou, em junho, não haver privilégio. Sobre a questão de apenas ela fazer os plantões é porque ela mora aqui em Rolândia. “Ela se prontificava a fazer plantão aos sábados, feriados, apesar dos baixos valores pagos pelos plantões. Ninguém se dispunha a vir de Londrina pra cá fazer plantões aos sábados e feriados”, lembrou o prefeito. “Assim como ela, outros médicos fizeram plantão pelo credenciamento. Fizeram plantão pela mesma carga horária, por que só ela foi objeto de investigação?”, questionava o chefe do Executivo rolandense.

    A denúncia do MP foi oferecida à Vara da Fazenda Pública de Rolândia no dia 04 de julho. O documento foi assinado pelo promotor Renato de Lima Castro, do Gepatria, pelos promotores do Gaeco, Jorge Fernando Barreto da Costa e Leandro Antunes Meirelles Machado, e pela promotora de Rolândia, Lucimara Salles Ferro.

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