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Vereador e comerciante dão sua versão sobre o caso CP

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    O vereador Reginaldo Silva (SD) e o comerciante Diego Silva, membro do mesmo partido, foram acusados de coação pelo prefeito de Rolândia, Luiz Francisconi Neto (PSDB). Diego intermediou conversas entre o prefeito e o vereador, que teria entregue ao chefe do Executivo uma lista de indicações para cargos de confiança em troca de apoio na Câmara, em especial na Comissão Processante (CP). Diego e Reginaldo registram boletim de ocorrência contra o prefeito por calúnia ainda na segunda (02), mesmo dia da denúncia.

    Diferente do relato do prefeito, que mencionou somente duas reuniões, Diego afirma que foram três. Na primeira, ainda em maio, somente os dois participaram. Segundo ele, foi Francisconi quem entrou em contato sugerindo a reunião em Londrina. Pelo conteúdo da conversa, Diego disse que teria sido uma tentativa de reaproximação. “A reunião foi meio que um pedido de desculpas, ele se questionando o que foi feito na época da minha exoneração”, relatou. 

     No início de julho, aconteceu a segunda reunião (na versão de Francisconi ela seria a primeira), desta vez solicitada pelo comerciante. Nesta, havia uma terceira pessoa ligada a Diego. “Diferente do que ele disse, que nós teríamos sugerido que fosse em Londrina, na verdade a sugestão foi dele, tenho prints dele dizendo para ser no mesmo local”, contou.
O comerciante garante que nesta ocasião não foi citada a troca de cargos por votos. “O que nós pensávamos naquele momento era que acabasse todo o imbróglio que a cidade estava vivendo e que pudesse ter uma reaproximação entre o partido Solidariedade, que já tinha sido base, e a atual administração”, ressaltou Diego. Houve então a sugestão de conversar com Reginaldo, vereador do partido em uma próxima reunião. “A reaproximação que a gente queria era que se fosse possível houvesse colaboração, se o vereador reivindicasse alguma coisa, ele pudesse ser atendido”, explicou. 

    A reunião – A reunião que fundamenta a denúncia do prefeito pela coação ocorreu em 5 de julho com a presença do vereador. Segundo Francisconi, foi neste encontro, em seu gabinete, que Reginaldo teria entregue a lista. Reginaldo relatou que tinha sido convidado a várias reuniões e resistia em se aproximar, mas aceitou o encontro institucional para pleitear que seus pedidos através da Câmara fossem atendidos. 

    O vereador ressalta que não fez a lista e não sabe a procedência dela. “Não fui eu que escrevi, não é a letra minha, não sei se foi alguém do partido”, afirmou. Reginaldo não respondeu se teria entregue a lista. “Ela foi entregue por alguém do partido”, afirmou. 

    Para ele, não havia motivo de negociação de cargos com Francisconi naquela ocasião pelo voto contra a CP porque a entrega da documentação aconteceu dias depois da reunião. “A reunião foi no dia 5 de julho. A documentação do Gaeco foi entregue na Câmara no dia 16 de julho. Até então, não havia na Câmara pedido de CP”, justificou. 

    Defesa – Diego recorda que o SD já foi base do governo e teve cargos. “A questão da reaproximação, se houvesse uma possibilidade de ter uma abertura para que o partido participasse da administração de novo, isso não é um tipo de crime. Crime seria se tivéssemos coagido, como ele nos acusou e estamos esperando as provas”, destacou. 

    Para os acusados, o prefeito ter demorado quase dois meses para revelar a situação, mostrou que a atitude foi de desespero. “Se em algum momento o tivéssemos coagido, uma pessoa que sofre qualquer tipo de coação vai esperar a abertura de uma CP para colocar isso em público?”, questiona Diego. 

    O vereador também deu sua defesa. “Jamais iria trocar um voto meu por cargo político, tanto é que não tenho cargo e não pretendo ter”, declarou Reginaldo. E mais uma vez, ele negou a coação. “Mesmo que o partido tivesse pedido [os cargos], em nenhum momento ele foi coagido”, garantiu. Diego ressalta também que a lista foi apenas uma sugestão ao prefeito. “Não foi imposto nada”, concluiu. 

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