O Governo do Estado anunciou um investimento de R$ 33 milhões em infraestrutura para a cidade de Rolândia através do Paranacidade. Deste valor, aproximadamente R$ 6 milhões virão a fundo perdido e os outros R$ 27 milhões via empréstimo, o que necessitará de autorização da Câmara de Vereadores. As obras incluem as proximidades da Igreja da Ressurreição, as marginais das empresas JBS, Eurofral e Selmi, interligações de bairros, calçadas com acessibilidade e pavimentação, reforma da ciclovia, terminais urbanos e aquisição de terreno para parque industrial. Quase todos os projetos estão finalizados.
Para o anúncio, Rolândia recebeu a visita do secretário estadual do Desenvolvimento Urbano e de Obras Públicas (SEDU), João Carlos Ortega, e diversas autoridades locais, incluindo o deputado estadual Cobra Repórter (PSD). A visita do secretário e deputado ao prefeito Luiz Francisconi aconteceu na sexta-feira (27) e uma pequena cerimônia foi realizada no pátio da prefeitura.
A capacidade de endividamento do município está em R$ 27 milhões, margem apertada, mas suficiente para as obras. Os valores não serão liberados de uma só vez, mas sim depositados na conta do município de acordo com o cumprimento de cada uma das etapas de cada um dos projetos. Há uma quantia, inclusive, de 300 mil reais, que será destinada para se fazer apenas os projetos executivos das interligações viárias.
A Câmara havia autorizado o Executivo a contratar um financiamento de mais de R$ 12 milhões junto à Caixa Econômica Federal. Essa lei será revogada, já que o recurso – com menos juros – foi colocado no pacote de investimentos. Os projetos de recape e aquisição de um terno industrial foram, então, transferidos da CEF para o recurso do Paranacidade. Um novo projeto de lei será enviado à Câmara com os novos valores. Depois de aprovado, a prefeitura entra em contato com o Paranacidade e envia os projetos, que devem ser liberados aos poucos.
Aplicação do recurso
Será possível realizar dez obras e projetos com o recurso, sendo que quatro delas terão prioridade. Uma delas é a obra de acessos e marginais nos arredores da JBS, incluindo uma área em que há muitos registros de acidentes. “Vai dos paralelepípedos que vão para a Granjeiro e do outro lado, da igreja da Ressurreição até a Eurofral, com marginais e duas rotatórias intermediárias, uma na igreja e uma bem em frente à JBS”, explicou Catarina Schauff, secretária de Planejamento.
Estima-se o valor de R$ 10.250.000,00 para essas melhorias. “Isso vai trazer mais segurança para quem vai atravessar e dar retorno com agilidade para os caminhões, o que acaba valorizando aquele parque industrial”, acrescentou. Uma obra nos mesmos moldes contemplará a área da Selmi. “Será em frente a empresa, a partir do retorno que tem após o posto e a partir dali, as marginais vão até o clube na rotatória e incluindo toda a parte de drenagem, que não tem”, detalhou Catarina.
As outras prioridades são recapes e a aquisição de um terreno industrial, no valor de R$ 4,3 mi. “Esse terreno é fundo do parque industrial que já existe e fica na saída para São Martinho, do lado direito”, explicou. A área tem cerca de 4,5 alqueires.
Recape asfáltico
O recape asfáltico, cujos projetos para vários pontos da cidade já estão prontos, também será priorizado. Um projeto de R$ 700 mil contempla a Rua Franklin Unbehaun e rotatória. Outros R$ 200 mil serão usados na rua Presidente Castelo Branco inteira. A rua Marechal Deodoro da Fonseca também será recapeada em toda a extensão, por R$ 370 mil.
O trecho da Rua Marechal Floriano Peixoto entre Avenida Brasília e Rua Amazonas receberá recape no valor de R$ 80 mil. A rua Presidente Gaspar Dutra receberá R$ 70 mil para recape completo e a rua Ana Maria Salles terá R$ 100 mil para pavimentação. O recape da rua Água Marinha e a pavimentação da Rua Lírios custarão R$ 250 mil.
Trechos de ruas centrais como a Monteiro Lobato, Arthur Thomas, Willie Davids e Epitácio Pessoa serão recapeados com R$ 400 mil. A rua Almeida Porto terá R$ 300 mil e a rua das Indústrias, R$ 250 mil. Ainda está prevista uma rotatória no cruzamento da Avenida Atlanta com a Rua Angelina Teté e Alice Rocha, no valor de R$ 70 mil. Por fim, R$ 2,5 mi estão previstos para a primeira fase a via paisagística do Kartódromo – ligação da Ailton Rodrigues Alves com a rua Ouro. A secretária ressalta que os valores deverão sofrer alterações, sendo que o total previsto é de R$ R$ 5.290.000,00.
Mais projetos
As calçadas com acessibilidade (R$ 1,8 milhão), pontes de interligações viárias (R$ 2 milhões), terminais urbanos (R$ 700 mil), projetos de interligação viária (R$ 300 mil) e revitalização da ciclovia (R$ 550 mil) faziam parte do projeto Avançar Cidades, que foi suspenso pelo governo federal. Agora, elas estão previstas neste pacote. “Estamos com esses projetos praticamente prontos”, revelou Catarina.
Uma das pontes mencionadas ligará o jardim San Fernando até o novo loteamento próximo a Chácara Marabu. “A ideia é fazer a interligação desse novo loteamento com os conjuntos do San Fernando, ligando com o centro da cidade pela rua Francisco Rodrigues Alves”, explicou a secretária. Os terminais urbanos contemplarão a região do San Fernando, onde os usuários já esperam os ônibus. O outro será próximo ao portal, na saída para Londrina.
A ciclovia também será recapeada com esse recurso, além de um possível aumento de sua distância, que hoje é de 7,6 km, para alcançar as indústrias da saída e passar pelo portal da cidade. “Tentaremos também encaixar a iluminação nesse valor, que prevê apenas o recape”, adiantou Catarina.
Estão inclusas também duas rotatórias na PR-170, no valor de R$ 1,2 mi. “Uma será na entrada do jardim Perazolo e uma intermediária. Elas resolvem o problema das marginais que já existem e que os usuários sempre solicitam que seja mão dupla e não podemos fazer por questão de segurança e normas do DER”, esclareceu a secretária. Com essas rotatórias, os condutores teriam um retorno mais perto e não se arriscariam na contramão, como às vezes acontece atualmente.
“É importante ressaltar que esse dinheiro não virá todo depositado na conta da prefeitura e, se houver algum problema, e alguma obra não sair, o recurso não virá e, portanto, não teremos dívida dessa obra.O dinheiro será liberada de acordo com a execução de cada projeto”, esclareceu Catarina Schauff.