A comunidade da Igreja do Sagrado Coração de Jesus do Ceboleiro está com um abaixo-assinado pedindo a permanência do Frei Reginaldo de Abreu Araujo da Silva. O Frei é vigário paroquial da Paróquia São Pedro Apóstolo, do Jardim Novo Horizonte, que é responsável pela igreja no Ceboleiro.
O Frei e os outros dois sacerdotes da Ordem de Santo Agostinho distribuem as missas entre si tanto na igreja paroquial quanto nas três comunidades que pertencem à paróquia. “Sou o sacerdote que está trabalhando mais diretamente com a Comunidade Sagrado Coração de Jesus, especialmente pela minha devoção a Ele e porque a comunidade precisa de um apoio e um incentivo um pouco maior”, explicou.
O religioso veio de São Paulo, capital, onde se formou e trabalhou como sacerdote por 15 anos. Inicialmente a determinação do superior foi para que ele ficasse em Rolândia por quatro anos. Mas, depois de apenas dois anos de permanência e devido às necessidades internas da Província Agostiniana, o superior da ordem precisou mexer com os frades e pediu a transferência de Frei Reginaldo. O Frei deve ir para a Paróquia Santa Rita de Cássia, em São Paulo, já em novembro. “Gostaria de poder ficar em Rolândia. Mas, para isso, preciso ter a permissão do superior, para o qual já pedi para ficar em Rolândia, mas ele disse que precisa de mim em outra paróquia”, explicou.
Uma representante conversou com a reportagem no JR e explicou o motivo da comunidade querer a permanência do Frei. “Se ele for agora, pelo trabalho que ele começou aqui na comunidade, tudo vai parar. Até os coroinhas serão perdidos”, afirmou. Dezenas de pessoas já assinaram dando apoio ao pedido da comunidade. Claudecir Torres, que mora em Rolândia, mas tem um filho coroinha no Ceboleiro, levou o abaixo-assinado já com mais de 100 assinaturas na sede do JR.
O Frei opinou sobre a iniciativa da comunidade. “Vejo como uma manifestação bonita do que sentem as pessoas. Eu defendo o direito das pessoas expressarem suas opiniões. É justo que o povo diga o que pensa do trabalho do seu pastor evangelizador”, declarou. Apesar do carinho pela comunidade, felicidade com o trabalho desenvolvido, que ele consegue conciliar com os estudos do doutorado, o Frei ressalta que deve obediência à ordem religiosa de Santo Agostinho.