Uma empresa de Rolândia pode estar envolvida com uma organização criminosa do Rio de Janeiro, acusada de praticar furto de petróleo e seus derivados. Pelo menos isso é o que a Polícia Civil carioca investiga e que deflagrou a Operação Sete Capitães na manhã da terça-feira (5). A Operação foi realizada pela Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol) do Rio de Janeiro, por meio da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD), e teve como objetivo cumprir sete mandados de prisão e 11 de busca e apreensão. A organização criminosa, de acordo com a Polícia Civil, agia no Norte Fluminense.
No norte do Paraná, a Operação recebeu o apoio de policiais civis de Londrina e Rolândia, que estiveram no barracão de uma empresa na Rua Ivaí, no parque industrial Bandeirantes, localizado na saída para o distrito de São Martinho. A suspeita é que essa empresa esteja envolvida, de alguma maneira, com essa organização carioca. “Foi cumprido um mandado de busca e apreensão contra a empresa e ninguém foi preso”, afirmou o delegado Bruno Rocha, de Rolândia. O delegado ressaltou que a polícia de Rolândia apenas deu apoio e que as investigações são conduzidas pela Polícia do Rio de Janeiro.
As investigações contra a organização começaram há 10 meses e apontaram o modus operandi dos criminosos: eles localizavam os dutos de petróleo bruto e faziam um “gato” para desviar o produto. A Operação Sete Capitães foi realizada nos municípios de Macaé, Quissamã, Carapebus, Rio das Ostras e Casimiro de Abreu, no Rio de Janeiro, e no estado do Paraná e conta com apoio do Ministério Público Estadual (por meio do Gaeco), Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), Agência Nacional de Petróleo (ANP), Petrobrás e Transpetro e Polícia Civil de Rolândia.
Números
O delegado Julio da Silva Filho, da DDSD, afirmou que a Operação apurou que a organização fazia em média de duas a três retiradas por semana, desviando cerca de 150 mil litros de petróleo e derivados. As investigações apontam que o petróleo furtado era enviado em caminhões bitrens para cidades no Estado do Paraná – Rolândia entre elas. Esses veículos tem capacidade para aproximadamente 50 mil litros
Os presos vão responder pelos crimes de organização criminosa, contra ordem econômica, furto duplamente qualificado e contra o meio ambiente. A prática do furto ilegal de combustível representa um risco para o meio ambiente e para as pessoas que residem próximo aos locais.