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Livros didáticos ainda insuficientes em Rolândia

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    Vários pais entraram em contato com o JR para informar que o ano letivo nas escolas municiais de Rolândia foi iniciado com a ausência de livros de Português, Matemática, Artes, Inglês e outras disciplinas. Muitos alunos e alunas ainda estão sem livros didáticos, problema causado também pelo atraso na entrega. “O Governo do Estado ainda está em processo de entrega”, afirmou Silvia Unbehaun, secretária de Educação. Na semana passada várias escolas receberam alguns lotes – os livros não vêm de uma vez já que são de editoras diferentes.

    Diante da situação, a secretária de Educação do município Silvia Unbehaun, foi diretamente ao centro de Distribuição dos Correios para verificar se haviam lotes lá que foram devolvidos por não conseguirem realizar a entrega. “Fomos informados que não haviam livros estocados no Centro de Distribuição, mas que estavam chegando caminhões com livros e que estariam realizando as entregas, o que de fato vem acontecendo. A expectativa é que chegue algumas unidades em março”, explicou Silvia.

    A quantidade de livros enviados, realizada pelo Ministério da Educação (MEC), é baseada no censo escolar do ano anterior, o que gera divergência no número de alunos matriculados no ano letivo. “Como estamos em plena organização de alunos, ainda não temos uma estimativa de quantidade, mas já nesta semana vou solicitar um relatório com estas informações de todas as instituições municipais”, afirmou a secretária.

    A Secretaria Municipal de Educação emitiu uma nota informando que de imediato as intuições farão remanejamento dentro da rede, ou seja, as próprias escolas estão disponibilizando livros entre si para diminuir a quantidade de alunos sem livros. Conforme explicado no documento, o MEC disponibiliza um Sistema de Remanejamento, no PDDE interativo, que tem como objetivo auxiliar os sistemas de ensino estaduais, municipais e do Distrito Federal na realização das trocas de livro entre escolas, buscando equilibrar as quantidades disponibilizadas a cada uma. O sistema de remanejamento ficará sempre disponível para que as escolas possam realizar a troca dos livros durante todo o ano.

    Na nota também é informado que o Programa Nacional do Livro Didático – PNLD envia anualmente livros didáticos a todas as escolas públicas cuja rede de ensino tenha adesão formal ao Programa. Os Correios iniciaram a distribuição dos livros no final do ano passado e continuaram no início deste ano. Tendo em vista que os livros são distribuídos diretamente ao endereço das escolas e que em janeiro é o mês de férias e recesso escolar, eventualmente a instituição poderia estar fechada.

    O órgão municipal também ressalta aos pais e responsáveis que os livros disponibilizados pelo PNLD não podem ser comprados diretamente pelas secretarias de educação, ou seja, este material não é comercializado pelas editoras, pois trata-se de material específico do Programa.

    Outra observação importante que a Secretaria faz é que os pais e responsáveis devolvam o livro no caso de mudança de município, pois outra criança que chegará na rede necessitará do mesmo. “Se houver apenas mudança de endereço e consequentemente de escola dentro da rede municipal, os alunos devem levar seus livros, pois a Secretaria de Educação optou por uma escolha unificada na rede, exatamente para proporcionar essa logística dentro do município”, orientou Silvia.

    A nota ainda reitera que o livro didático é um apoio ao ensino e não se trata do único material a ser utilizado pelos professores e professoras. “Estamos em pleno movimento de implantação da BNCC (Base Nacional Curricular Comum) em nível federal para que os alunos brasileiros tenham um currículo mínimo comum. Também estamos em ano de implantação do Referencial Curricular do Paraná”, ressaltou a secretária.

    Ainda de acordo com Silvia Unbehaun, esse documento norteia os conteúdos a serem trabalhados e, muitas vezes, não estão nos livros didáticos e por isso necessitam de complementação por parte dos professores. “Tratam-se de conteúdos elencados na diretriz curricular constante no PPP (Projeto Político Pedagógico) das instituições municipais”, concluiu Silvia.

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