Educação Municipal vai compartilhar conteúdos via WhatsApp

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    Alunos que fazem parte da rede municipal de Educação de Rolândia vão receber atividades via WhastApp neste período que não estão ocorrendo aulas presenciais, por causa da pandemia do novo coronavírus. Esse é o primeiro passo da Secretaria de Educação nesse processo, que deve ser adaptado e melhorado durante a sua realização.

    Como será feito?
    A diretora pedagógica da Educação, Silvia Unbehaun, explicou que a proposta é diferente da que está sendo realizada com os estudantes de rede estadual, que recebem aulas com novos conteúdos a distância. “Os alunos da rede municipal vão receber atividades que eles já viram e que vão conseguir fazer com mais facilidade neste momento. A intenção neste período não é enviar conteúdos novos para que eles aprendam isso sozinhos em casa com o auxílio dos pais e responsáveis, a proposta será utilizada mais como um reforço para eles enquanto estão em quarentena”, ressaltou Silvia.

    Conforme informado pela diretora, o material será repassado por meio de grupos de Whatsapp que estão sendo criados dentro de cada escola. “O nosso primeiro desafio será montar estes grupos e saber quantos alunos serão alcançados em cada um deles”, afirmou. Assim que forem iniciados, além de atividades para os alunos fazerem, nos grupos também serão enviados vídeos e músicas informativas sobre higiene e slides com informações de orientação, prevenção e combate ao coronavírus.

    Silvia também explicou que as atividades de português e matemática serão enviadas de modo quinzenal e terão que ser feitas pelos alunos no caderno de tarefas de casa, aqueles que não possuem este caderno, a escola deverá fornecê-lo. “Já para aquelas crianças que não podem receber este conteúdo pelos grupos online, as atividades serão entregues de modo impresso nas próprias escolas. As instituições ainda vão se organizar e informar como será realizada a entrega”, informou.

    Silvia afirmou que a Secretaria de Educação está planejando tudo com muito cuidado e que a ideia dos grupos é apenas uma primeira medida pensada para aproximar as instituições dos alunos e suas famílias. “Neste momento estamos preocupados com o vínculo da criança com a escola. E isso pode até proporcionar uma oportunidade para os pais saberem como está o desempenho das crianças nas escolas”, alegou.

    A diretora da Educação Infantil, Rosilene Moloni, também afirma que a intenção destas ações da rede municipal é fazer com exista uma interação entre as crianças com a família. “Em nenhum momento nós queremos transferir para as famílias a nossa função de professor, apenas desejamos que os adultos que convivem com os nossos alunos neste momento tenham essa interação”, ressaltou.

    Waldemar Moraes, secretário de Educação de Rolândia, também disse que toda essa ação que está sendo disponibilizada pelo setor é algo que vai complementar a ação do aluno com os seus familiares para que todo este processo seja realizado de forma conjunta. “Nossa intenção com essa nova conduta é gerar um prejuízo menor aos nossos alunos”, afirmou Moraes.

    O que diz o CNE sobre aulas remotas?
    O Conselho Nacional de Educação (CNE) está em processo de resolução e preparando um parecer sobre educação remota. De acordo com a conselheira do CNE, que está à frente da discussão das medidas, Maria Helena Guimarães de Castro, a intenção é que uma primeira versão das normas seja finalizada ainda esta semana para serem submetidos a consulta pública.

    “Estados, municípios e conselhos [estaduais e municipais] estão tendo papel importantíssimo neste momento, que é inédito para Brasil e para o mundo. Ninguém sabe o que fazer”, disse a conselheira.

    Outra questão abordada deverá ser como as escolas podem atuar no retorno dos estudantes às aulas regulares, orientando o tipo de avaliação que deverá ser feita para verificar se o conteúdo, caso tenho sido disponibilizado, foi aprendido ou não pela turma.

    O parecer e a resolução servirão como orientações para as redes e como regulamentação da medida do governo federal que autorizou que as escolas tenham este ano menos que 200 dias letivos, desde que cumpram 800 horas de ensino. A medida foi bem aceita pelos sistemas de ensino, mas deixou dúvidas sobre como esse calendário pode ser cumprido nas diferentes etapas. Os conselhos estaduais e municipais deverão também definir a melhor maneira de orientar as regiões em que estão inseridos.

    A presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Cecilia Motta, defendeu que as escolas mantenham contato com as famílias e com os estudantes e que se esforcem para oferecer atividades, mesmo que não tenham a mesma qualidade das atividades presenciais e mesmo que depois seja necessário repor as aulas. “É uma maneira de minimizar as perdas que teremos, porque teremos, não há dúvida disso”concluiu Motta. 

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