Mulher, MĂŁe e Profissional

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    A maternidade sempre foi uma espĂ©cie de lugar complexo, sobretudo na atualidade, com a maior inserção da mulher no mercado de trabalho, a mudança social do papel feminino e o avanço tecnolĂłgico. E este Ă© um papel que a confeiteira profissional Margarete Afonso (45) entende muito bem. Ela foi mĂŁe pela primeira vez aos 17 anos, casou-se; depois, com 27 anos, engravidou novamente, mas no final desta gestação algo aconteceu.

    “JĂĄ tinha uma filha de oito anos, Nayara, e depois tive o meu filho Jean. Quando ele tinha apenas um mĂȘs de vida eu me divorciei, pois descobri uma traição. Foi um momento muito difĂ­cil quando busquei apoio na minha famĂ­lia, especialmente com as minhas irmĂŁs. Mas de fato, nĂŁo foi fĂĄcil, e nĂŁo continuou nĂŁo sendo por muitos anos”, explicou Margarete.

    Margarete Ă© filha de Deolinda Afonso (jĂĄ falecida) e Mario Afonso, morador de RolĂąndia, de quem ela sempre diz ter puxado o lado trabalhador e honesto. Ela tem trĂȘs irmĂŁs e o Ășnico irmĂŁo jĂĄ faleceu hĂĄ mais de 15 anos. Atualmente, mora com o filho, hoje com 19 anos. “JĂĄ passei por muitas situaçÔes difĂ­ceis, mas acredito que todas elas Ă© que me deram força para eu estar onde estou hoje, e sei que ainda tenho muitas coisas para conquistar.  Durante todos esses anos, tambĂ©m contei com a ajuda de Deus que me sustentou em todos os momentos”, revela.

    No começo, em sua posição de mĂŁe-solo, ela começou a fazer doces para vender, enquanto os filhos ainda eram pequenos. Mas aquele ainda nĂŁo o momento de ela ter o prĂłprio negĂłcio e, com isso, começou a novamente a trabalhar fora em uma indĂșstria de roupas. “JĂĄ neste perĂ­odo eu morei anos com a minha ex-sogra, que Ă© uma pessoa que sempre me ajudou muito. Ela ficava com os meus filhos para eu poder trabalhar, pois me sentia mais tranquila sabendo que alguĂ©m que eu confiava estava com os meus filhos”, afirmou.

    Margarete ressalta que ser mĂŁe Ă© um trabalho de um vĂ­nculo tĂŁo intenso que, Ă s vezes, tem a impressĂŁo que existe uma parte de si mesma que circula em outro ser, e mesmo quando nĂŁo estava lĂĄ na presença fĂ­sica com os filhos, era neles que ela pensava durante todo o perĂ­odo de trabalho. 

    Em abril de 2019, ela finalmente abriu um negĂłcio, e neste novo projeto contou com o apoio do genro. “AlĂ©m de me ajudar neste sonho, meu genro e minha filha me deram o melhor presente da vida, um neto. O Heitor Ă© o amor da minha vida, eu me tornei uma pessoa muito melhor depois da chegada dele. Ele Ă© tudo para mim”. Para ela, ser avĂł Ă© realmente como ser mĂŁe pela segunda vez. 

    Hoje, Margarete Ă© sĂłcia com uma das irmĂŁs, ElisĂąngela, de um estabelecimento comercial na Vila Oliveira. A cafeteria sempre foi o grande sonho da vida dela, mas, para chegar atĂ© aqui, foi um longo caminho, principalmente, por ser sozinha e ter dois filhos que dependiam dela.  “O fato de ser mĂŁe-solo Ă© algo que contribui para que eu sempre deixasse o meu sonho para depois, mas nĂŁo me impediu de realizĂĄ-lo”, afirmou.

    Margarete nĂŁo concorda com essa figura por vezes idealizada das mĂŁes que sĂŁo acima de tudo; mulheres sĂŁo feitas de carne, osso e sentimentos. “Nenhuma mĂŁe nunca foi e nunca serĂĄ perfeita, mas nĂłs sempre fazemos o impossĂ­vel pelos nossos filhos”, finalizou Margarete.

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