O JR conversou com Erika Fernanda dos Santos Bezerra Ludwig, diretora de Urgência e Emergência de Rolândia, para saber informações sobre a quantidade de ambulâncias do Samu que atendem a cidade, e entender as diferenças entre as ambulâncias avançada e básica. O assunto principal foi referente ao uso desses veículos no enfrentamento à Covid-19.
Segundo a profissional, a ambulância avançada realizou 106 atendimentos durante todo o mês de abril na região: 55 desses atendimentos foram em Rolândia e 32 em Cambé. “Esses municípios formaram quase a totalidade de atendimentos da ambulância avançada”, explicou Erika. A média foi de 3,5 atendimentos por dia na região.
Erika revelou que 23 desses atendimentos foram para casos suspeitos de coronavírus, devido à questão de quadro respiratório agravado. “Conforme a portaria do governo federal que diz que todo quadro respiratório é suspeito de Covid-19”, afirmou.
Em um cenário de aumento dos casos suspeitos de Covid-19, a diretora explicou que já existe um planejamento, mas com mais atendimentos feitos pela ambulância básica, e não a avançada. A ambulância básica é aquela utilizada para resgate e atendimento a vítimas em que não estejam em situações graves que precisem, por exemplo, de intubação.
A ambulância básica realizou 20 atendimentos de caso suspeitos de Covid. “No total, a básica realizou 249 atendimentos em abril, mais do que o dobro feito pela avançada. Quando ela transporta alguém com suspeita de coronavírus, tem de ficar um tempo parada para ser desinfectada. Se mais casos ocorrerem, ficará mais tempo parada e precisaremos de mais básicas para atender as outras ocorrências”, explicou.
Erika explicou que o tempo de atendimento de casos suspeitos de Covid-19 é maior por causa do processo de descontaminação da ambulância, e de desparamentação dos profissionais (retirada dos EPIs).
A diretora reforça que, hoje, os serviços destes atendimentos ocorrem com três ambulâncias e duas equipes de profissionais. Há uma ambulância avançada que atende vários casos, e uma básica que também atende todas as situações que não tem referência com síndrome respiratória. “Temos uma básica que atende os casos de Covid-19, em Rolândia ou em qualquer outro local que o serviço for acionado”, afirmou. Erika afirmou que, se a situação se agravar, uma 4ª ambulância poderia ser adicionada ao Samu – o plano B.