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Rolândia tem Pastoral do Migrante e do Imigrante

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    Em 2015, nascia o projeto Learning Together (Aprendendo Juntos), que oferece aulas de português gratuitas para imigrantes em Rolândia. No início a ação tinha como objetivo ensinar português para os imigrantes que fixaram residência em Rolândia e que encontram dificuldades de comunicação, mas teve que ser ampliado. “Já tivemos situações de alunos que não tinham roupas frio ou falta de alimento, o que comprometiam até a presença deles nas aulas. No início de 2017, começamos a estruturar a Pastoral e estudamos maneiras de ajudar estes imigrantes de outras formas”, relembra-se Edneli Costa, coordenadora da Pastoral do Migrante.  

    As primeiras ações da Pastoral foram no sentido de arrecadação de alimentos e roupas, doados por familiares e amigos, e os próprios voluntários se encarregavam de levar a doação para os imigrantes. Depois disso, os envolvidos no projeto conheceram o Cáritas de Londrina, organismo ligado à Igreja Católica, e que pauta suas ações na garantia e defesa dos direitos humanos de pessoas e grupos que se encontram em situação de risco. Essa foi a base para os voluntários de Rolândia criarem uma pastoral aqui na cidade. 

    “Lá tivemos conhecimento de que havia uma pastoral específica para os imigrantes. Percebemos também que muitos imigrantes daqui iam para Londrina para receber ajuda, pois no município vizinho havia também toda uma orientação especial voltada para eles”, explicou a coordenadora.

    Edneli e outros membros, como Irineu Moreno de Paula, também é coordenador da pastoral e seu esposo, realizaram toda uma preparação para iniciar a pastoral aqui no município. Ambos foram para outros estados como São Paulo e Brasília para aprenderem mais sobre como funciona a ação pastoral.  “Como este era um cenário novo para nós e tínhamos pouco conhecimento sobre o assunto, fizemos algumas formações durante o processo de construção da pastoral”, revelou Edneli. 

    Como atua
    A Pastoral conta com a atuação de oito voluntários e as ações realizadas são voltadas no sentindo de acolhimento às demandas que chegam até eles, em qualquer área que os imigrantes necessitam. Pelo menos 40 famílias são assistidas pela pastoral atualmente. “A gente faz todo o tipo de trabalho. O que antes era mais voltado a arrecadação de roupas alimentos, agora se estende também para ações como auxilio na busca de oportunidades de trabalho para eles até encaminhamento médico”, ressaltou a coordenadora.

    A Pastoral atende atualmente muitos haitianos e também alguns bengaleses, pessoas de Bangladesh. Os voluntários, aos pares, fazem visitas aos imigrantes e neste momento é feito o levantamento do que aquela determinada família está precisando e entender também um pouco sobre a realidade vivida por eles. 

    “O objetivo da pastoral não é ser simplesmente assistencial, nós queremos acolhê-los e integrá-los em nossa sociedade para que algum momento eles possam andar com as próprias pernas. Nosso foco nunca foi apenas ir até eles e entregar as doações. Nosso trabalho vai muito além disso”, garantiu Irineu de Paula.

    Especificamente agora durante a pandemia, a coordenadora Edneli explica que o fluxo de pedidos de doações aumentou porque as necessidades também aumentaram. Por isso, até mesmo pessoas que atuam somente no projeto das aulas de português também se uniram à Pastoral do Imigrante para auxiliar nas visitar e doações. 
Learning Together

    O Projeto Learning Together (Aprendendo Juntos), coordenado por Lucimara F. de Marchi, deu origem à criação da Pastoral do Migrante e teve uma história de surgimento muito especial. A ação nasceu após sua mãe, Isaura, ter lido uma matéria do JR que dizia que um imigrante faleceu no hospital porque não conseguia se comunicar durante o atendimento.  Lucimara e sua irmã Patrícia entraram em contato com o entrevistado da matéria e decidiram criar o projeto. De início, já conseguiram formar uma turma de 20 alunos.

    “Completamos agora cinco anos, graças à dedicação e amor de todos os voluntários. Mais de 400 imigrantes passaram pelo projeto, na maioria de bengaleses (pessoas de Bangladesh) e haitianos.  Com a pandemia, infelizmente, as aulas não estão acontecendo, mas, em parceria com a Pastoral do Migrante, arrecadamos alimentos, cobertores e visitamos os nossos alunos e também outros imigrantes para ajudar nessa fase tão difícil, mas que juntos iremos superar”, ressaltou Lucimara.

    “Nós continuamos acreditando no poder que a Educação tem de quebrar barreiras. Os imigrantes ao aprender a língua portuguesa quebram a primeira barreira que têm quando chegam aqui. Isso ajuda a terem uma vida digna com acesso à saúde, educação e trabalho. Precisamos nos ajudar, porque se olharmos para as gerações anteriores das nossas famílias, no fundo, somos todos imigrantes”, afirmou a coordenadora. 

Doações
As pessoas interessados em ajudar em ambas ações podem entrar em Edneli Costa através do telefone (43) 9.9650-3767. 
As doações de roupas e alimentos, móveis ou eletrodomésticos podem também ser levadas até o Centro de Pastoral, localizado ao lado da Igreja Matriz São José.

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