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Arquitetura contra o crime

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    Precisei me ausentar de Rolândia por alguns dias e, como qualquer pessoa preocupada com a segurança daquilo que lutamos para conseguir em nossos lares, procurei revisar o que sabia sobre o assunto. Me debrucei sobre alguns artigos que lembrava ter lido, encontrei anotações e, inclusive, valiosas informações sobre a Arquitetura Contra o Crime (ACC), as quais compartilho aqui. 

    O tema não é novo, com insights que datam da década de 70, e de tempos em tempos é atualizado. Policiais militares da própria PMPR já publicaram obras sobre o assunto. Basicamente, ACC significa prevenção de crimes através do design ambiental. Em outras palavras, o conceito aborda de que forma as características físicas das edificações (prédios, casas, comércios) podem evitar que esses locais se tornem alvos de criminosos sem depender de segurança contratada.

    Para chegar a tal ponto, apresenta-se a teoria do Triângulo do Crime, segundo a qual o delito depende de três elementos para ocorrer: ambiente favorável, alvo desejável e vulnerável e um agente disposto e capaz. O desestímulo ao crime por meio da quebra de elo entre esses elementos, utilizando-se o projeto arquitetônico, não é algo simples. Por isso, sugere-se três pontos para alcançá-la: a vigilância natural, o reforço territorial e o controle natural de acesso.  

    A vigilância natural diz respeito a um desenho arquitetônico que seja capaz de gerar no infrator a sensação de que ele está sendo observado. Esse quesito inclui desde a colocação de uma iluminação correta e câmeras de monitoramento até a circulação de pessoas na rua ou nas proximidades, passando pela retirada de pontos cegos e barreiras (naturais ou construídas) que dificultem a visualização do local. Acastelar-se, embora ofereça certa segurança, também propicia ao criminoso a certeza de que ele não será visto enquanto age. 

    O reforço territorial trata da definição de espaços, da distinção entre o que é público e o que é privado. A circulação de pessoas em locais classificados como proibidos é diminuída, resultando em reforço presencial nos locais em que se deseja. Diminui-se o “não sabia” e “já estou saindo”. O objetivo é criar um sentimento de pertencimento inconsciente em quem está ali, o que ajuda na fiscalização das áreas delimitadas.  

    O controle natural de acesso que encerra a tríade complementa a vigilância natural. Esse conceito é definido pela identificação clara de entradas e saídas, a direção que se deve seguir, onde parar, com quem falar, para onde ir. Tem mais a ver com comércios e locais que onde se frequenta em busca de um produto ou serviço. 
 
    No entanto, o tema não se esgota nisso. Outros elementos influenciam, como o ramo da presença de atividade comercial e até mesmo… as calçadas? Já ouviram falar na Teoria das Janelas Quebradas? É assunto para as próximas conversas. 
Sugestões de pauta:
Facebook: Jeferson Fracaro
Instagram: jeferson.fracaro

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