Henrique de Fauw Neto, 73 anos, está indignado e já há algum tempo com o que está pagando pelo seu consumo de água. “Quero pagar o que eu consumir, nada mais, nada menos”, ressaltou o aposentado, em entrevista ao Jornal de Rolândia.
Organizado, Henrique anotou os últimos 12 meses de sua fatura da Sanepar de água e esgoto e constatou que consumiu 34 m³ de água, mas pagou por 60 m³ devido à tarifa mínima de 5 m³. “Paguei o equivalente a mais de 76%, ou seja, como se eu estivesse gastado 76% a mais”, reclamou.
Nas marcações de Henrique, há meses em que ele gastou 1m³, 2 m³, 3m³ e 4m³. “Não gastei 5m³ nenhuma vez nos últimos 12 meses”, afirmou o aposentado. Henrique conta que já chegou a ir na Sanepar duas vezes, mas que não resolveu nada. “Disseram que a tarifa mínima de 5 m³ é por causa de pessoas não pagam a tarifa social”, revelou.
O aposentado gostaria que a lei fosse mudada e que ele pagasse apenas o que usar. Henrique também falou do filme Pantera Negra para marcar sua posição. “Wakanda é um termo que se aplica ao que nos pertence verdadeiramente. Wakanda é o que é nosso por direito. É um direito nosso pagar o que usamos e não pagar o que não usamos”, concluiu Henrique.
Sanepar
O JR entrou em contato com a assessoria da Sanepar, que enviou uma nota sobre o assunto e que pode ser lida na íntegra abaixo.
“Segundo legislação federal e lei complementar estadual de 2016, a Agência Reguladora do Paraná (Agepar) é quem tem a atribuição legal de determinar as normas para a cobrança de tarifas de água e de esgoto no Estado.
A Sanepar cumpre aquilo que o órgão regulador determina. A Agepar determina cobrança de tarifa mínima de 5 metros cúbicos.
Para a Sanepar distribuir água potável para a população, e fazer a coleta e o tratamento de esgoto, há custos de operação, com empregados, energia elétrica, materiais, combustível, entre outros, como qualquer outra empresa. Esses custos é que compõem o valor da tarifa mínima.”