A Fazenda Bimini, em Rolândia, foi cenário de uma homenagem ao centenário de nascimento de Ana Primavesi, professora que revolucionou a agricultura ecológica tropical. Ana, que era agrônoma, pesquisadora e escritora, fundou o Movimento Agroecológico no Brasil. O evento aconteceu no sábado (03) e teve roda de ideias, distribuição de livros e plantio de árvores.
A homenagem à Ana Primavesi foi organizada pelos estudantes de Agronomia da UNOPAR, Jonatas Langame e Giovana Gorla, e pelo educador ambiental Daniel Steidle, proprietário da Bimini. “O momento não poderia ser mais oportuno com o mundo passando por uma crise ambiental nunca antes vista e sentida. A Ana sempre foi uma pessoa pé no chão, que soube unir paixão com sabedoria, prática com exemplo”, afirmou Steidle.
Ana Primavesi escreveu muitos livros na área de Agroecologia, entre eles o clássico “Manejo Ecológico do Solo”. Nascida na Áustria como Annemarie Conrad, a escritora faleceu aos 99 anos no dia 05 de janeiro deste ano em São Paulo – completaria 100 anos no sábado, dia 03 de outubro. “Ana sempre batalhou pelo maior patrimônio brasileiro: O SOLO VIVO (que está morrendo)”, ressaltou Daniel Steidle.
Um resgate das ideias de Ana Primavesi e uma atualização de suas mensagens foram debatidos pelas pessoas que foram à Bimini no sábado. A engenheira agrônoma Flávia Luciane Bidoia, coordenadora da Agronomia da Unopar Piza, foi uma das participantes e falou do momento pelo qual passa a nossa sociedade. A coordenadora priorizou a questão da educação das crianças. O livro infantil “O mistério do ribeirão Vermelho”, de Wilhan Santin, que conta a história de Herbert “Pai do Plantio Direto” Bartz, foi distribuído entre os participantes.
Logo após a roda de ideias, os participantes foram até a “Escola do Mato” da fazenda, onde ouviram sobre Cinturão Verde (um método dos ingleses que povoaram nossas terras), Lavoura D’Água, Priva da Seca (criança de nossos índios e que outros países têm estudado), Hábitos Alimentares, Compostagem, Resgate do Plantio Direto e Livros Infantis. No final foi plantado um Ipê amarelo, árvore-símbolo do Brasil. Uma manhã de muito aprendizado.