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Covid-19: mesmo todo protocolo ainda é pouco

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    Os alertas do crescimento dos casos de novo coronavírus não parecem surtir efeito na maioria da população. As aglomerações continuam e não uso e o uso errado da máscara deixam o vírus se propagar sem freios. Nesta semana, UTIs de dois hospitais estavam com 100% de ocupação e a do Hospital Universitário, referência para Rolândia e outros municípios, além de Londrina, chegou a ter apenas 27 leitos de UTI disponíveis para a Covid e nenhum leito de UTI para outros casos.

    A situação parece desesperadora. E é, principalmente, quando se leva em conta que os casos confirmados da doença tem aumentado em Rolândia e nas cidades da região. Para se ter uma ideia, na sexta-feira (18), o Boletim Covid da Secretaria de Saúde de Rolândia registrou que houve 53 novos casos no município, um recorde. As médias dos últimos dias já passavam de 25 casos diários – nesta terça, foram mais 38 novas contaminações e Rolândia chegou a 2025 casos de Covid-19 confirmados. 

    Hospitais
    No sábado (19), o Hospital Norte Paranaense – HONPAR, de Arapongas, atingiu 100% da capacidade de atendimentos nos seus leitos de UTI exclusivos para tratamento da Covid-19. Atualmente o hospital conta com 30 leitos desta modalidade.
 
    Já na enfermaria, dos 40 leitos disponíveis, 20 estão ocupados atingindo assim 50% da capacidade de atendimento. Do total de pacientes internados na UTI exclusiva para a Covid-19, quase 80% são pacientes encaminhados pela 17ª Regional de Saúde de Londrina. 

    Na terça-feira (22), foi a vez do Hospital Evangélico, de Londrina, informar a população sobre os 100% de ocupação de leitos de UTI destinados para pacientes com Covid-19. 

    Já o HU, de Londrina, enviou ao Jornal de Rolândia um quadro em que mostra a situação dos leitos de UTI do hospital, referência para Rolândia. O hospital tem 80 leitos de UTI para a Covid (66 para adultos e 14 para crianças) e uma taxa de ocupação de 66%, algo em torno de 53 leitos ocupados e 27 leitos livres. O caso é que os 41 leitos da UTI Geral do Hospital Universitário estavam todos ocupados. Na enfermaria para pacientes com Covid, que tem 146 leitos, a taxa de ocupação era de 57% – 83 leitos ocupados e 27 livres. Os 177 leitos da Enfermaria Geral tinham uma ocupação de 72% – 127 leitos ocupados e 50 livres. Isso na tarde de terça-feira (22).

    Espera por leitos
    Os problemas com a alta ocupação das UTIs já começam a aparecer. Na tarde da terça-feira (22), o motociclista João Alves (52) morreu enquanto aguardava uma vaga na UTI do Evangélico – ele estava no Pronto-Socorro do hospital. João sofreu um acidente perto de Sertanópolis no final de semana e foi encaminhado, com uma costela quebrada, ao hospital Cristo Rei, em Ibiporã. Precisou ser intubado por causa da baixa saturação e foi encaminhado para o Evangélico. Na segunda (21), a irmã deu uma entrevista a uma TV implorando por uma vaga na UTI e diversos motociclistas realizaram um protesto em frente ao hospital. A família procurou um advogado para entrar na Justiça por uma vaga na UTI, mas não deu tempo.

    Alerta
    Todos os hospitais e órgãos de Saúde são unânimes em pedir à população que mantenham os cuidados básicos, como a higienização das mãos, uso da máscara e, principalmente, cumprindo o distanciamento social.

    Denúncias
    As denúncias de aglomerações devem ser feitas para a Polícia Militar através do telefone 190. Os policiais são os responsáveis pela fiscalização desde a publicação do decreto do Governo Estadual que institui o toque de recolher das 23h às 5 horas com a proibição de venda de bebidas alcóolicas. O decreto também prevê festas com, no máximo, 10 adultos.

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