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Primeira paranaense é vacinada

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    Lucimar Josiane de Oliveira, de 44 anos, foi a primeira pessoa do Paraná a ser vacinada contra a Covid-19. A imunização aconteceu às 21h48 da segunda-feira (18) na capela do Complexo Hospitalar do Trabalhador, em Curitiba, e contou com a presença do governador Carlos Massa Ratinho Junior e do secretário de Saúde, Beto Preto.

    Além da parnanguara Lucimar, que é de Paranaguá, mais sete pessoas foram vacinadas contra a doença na segunda-feira: o médico Diego Schuster Paes, 30; as técnicas de enfermagem Patrícia Moreira, 33, e Denise Dias Brito, 38; a nutricionista Caroline Benvenutti, 33; a fonoaudióloga Suellen Meduna, 38; a encarregada de higienização Neura Cordeiro Barbosa, 46; e a fisioterapeuta Larissa Mello Dias, de 34 anos.

    O próprio governador Ratinho Junior foi a São Paulo para receber as primeiras doses disponibilizadas pelo Ministério da Saúde. O Paraná recebeu, para a 1ª etapa da vacinação, 265.600 doses do imunizante CoronaVac, produzido pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo.

    “É um dia histórico para o Paraná e para o Brasil. Depois de tanto desencontro, temos agora um encontro com a ciência, com a medicina e um encontro com a esperança de retomar a vida novamente”, afirmou Ratinho Junior. 

    “Ainda não vencemos a pandemia, estamos vencendo uma parte dessa guerra contra o coronavírus. E começamos por aqueles que mais trabalharam durante a pandemia e que colocaram as suas vidas à disposição para cuidar de outras vidas”, ressaltou.

    Na manhã desta terça-feira (19), as doses começaram a ser enviadas para as Regionais da Saúde, que as distribuirá aos seus municípios responsáveis pela estratégia de vacinação. De acordo com o Plano Estadual de Imunização, os primeiros grupos vacinados serão os profissionais de saúde, indígenas, idosos com 60 anos ou mais institucionalizados (que vivem em asilos ou casas de repouso) e pessoas com deficiência severa.

    Lucimar
    Emblemática é a história de Lucimar, que atua há 22 anos na área da saúde, mas se tornou oficialmente enfermeira em 2020. O ano que foi desafiante para todos, especialmente para quem esteve na linha de frente no combate à pandemia, privou Lucimar de comemorar seu recém-conquistado diploma.

    Antes disso, porém, ela trilhou um longo caminho dentro de hospitais e serviços de saúde. Começou como auxiliar de serviços gerais e passou a se especializar: fez curso de auxiliar de enfermagem, técnico de enfermagem, socorrista e, por fim, o curso de Enfermagem da Universidade de Marília, em São Paulo.

    No Hospital do Trabalhador, foi contratada inicialmente como bolsista, em um dos primeiros reforços preparados pelo Governo do Estado para fazer frente à pandemia, ainda em março. Em novembro, foi contratada em definitivo como enfermeira.

    Desde que iniciou a pandemia está trabalhando só no pronto-socorro de Covid. Trabalha no HT e na UTI Geral do Hospital Municipal de Araucária. “A gente começa a ver a vida com outros olhos. Está sendo uma experiência de aprendizado. Não é fácil ter que dar notícia para um familiar, estamos aprendendo a ser mais empáticos com o próximo. Mas me considero feliz e grata”, conta.

    Vitória da ciência
    Para um dos imunizados, o médico Diego, formado há cinco anos, a vacina é a luz do fim do túnel, uma vitória da ciência contra o negacionismo. “É importante lembrar que a vacina não nos exime da responsabilidade de manter o uso da máscara e de tomar todos os cuidados de higiene para nos proteger do vírus”, ressaltou.

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