Finalmente saiu – real saiu tem um tempo, mas só vi agora – a versão de Zack Snyder – o diretor original do filme – de Liga da Justiça. Pra quem não lembra, Zack foi demitido e substituído no meio das filmagens por Joss Wheldon – de Vingadores – e Joss entregou um dos piores filmes de heróis já feitos. Então os fãs fizeram tanto barulho que a WarnerDC chamou Zack de volta pra, três anos depois, entregar a sua versão do filme.
Eu já falei aqui algumas vezes seria melhor, e foi, também falei que dificilmente ele salvaria esse universo compartilhado de heróis da DCcomics que nasceu errado, e foi isso mesmo. O filme melhorou vários aspectos visuais do antigo, que parecia ter sido feito no computador da minha casa. Depois no geral ele acertou histórias que haviam ficado perdidas – do qual o Ciborgue foi o maior beneficiado – e melhorou muito as cenas de ação. Um destaque para Temíssera – a terra da Mulher Maravilha – tudo que aconteceu lá foi espetacular.
Outra coisa que melhorou muito foi a luta final – até porque no geral o vilão melhorou muito – e teve uma conclusão mais épica.
O problema disso tudo é que não deixa de ser o mesmo filme, o mesmo universo com os mesmos heróis e não tem como você fazer uma obra prima em cima de algo tão porcaria – boa parte inclusive, criada pelo próprio Snyder na versão original, já que não foi regravado 100% das cenas quando ele saiu.
Alias ele piorou algumas coisas, o filme é tão brega que a trilha sonora podia ser do Reginaldo Rossi – poses, frases de efeito, olhares perdidos no horizonte. E o Batman, aahhh, o Batman. Esse Batman mal feito, mal atuado, mal dirigido e gordo é a pior versão de um Batman que já pensaram em criar.
No fim é um filme que deu uma conclusão ao menos digna pra esse universo – a Warner não planeja mais sequências – minha esperança é que deixem esses heróis – os mais conhecidos do mundo – quietos por uns anos e depois recomecem do zero.