Soame completa 20 anos de atuação em Rolândia

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    Neste mês de maio, a Sociedade Ambiental, Cultural e Educacional de Rolândia (Ong Soame) completa 20 anos de existência no município de Rolândia. Em todos estes anos, os projetos sociais realizados na entidade transformaram a vida de muitas crianças e adolescentes. 

    Sabendo da importância que a Ong tem para a cidade, o Jornal de Rolândia traz matérias especiais sobre a entidade neste período de comemoração e homenagens. Nesta primeira matéria, um pouco da origem da instituição social e entender quais foram os primeiros passos trilhados pelos voluntários, lá no ano de 2001. As informações e os históricos enviados ao JR foram repassadas por Silvia Unbehaun Püschel, professora da rede municipal de Educação e integrante do Ong. 

    A ideia inicial 
    A primeira ideia da ONG surgiu em março de 2001, quando o universo visual de Rolândia apresentava uma grande nuvem preta, aliada a um mau cheiro insuportável, que deixava a todos preocupados pelo mal causado ao meio ambiente. Sua origem era um lixão a céu aberto nas imediações do Contorno Norte. Foi através de uma denúncia no Programa de rádio “Compromisso com a verdade”, de Maria Luiza Rezende de Oliveira Muller, que a notícia de que haviam crianças brincando naquele local terrível fez essa triste realidade ser notada. 

    “Foi então que surgiu a necessidade de ser criado um projeto para afastar dali as crianças cujos pais viviam do garimpo do lixo. Nesse momento, algumas pessoas motivadas pelo mesmo ideal criaram a Ong Soame, Sociedade Ambiental, Cultural e Educacional, cuja sigla lembra que as ações dos fundadores deveriam ser sempre fundamentadas no amor altruísta, visando principalmente o bem comum”, contou Maria Luiza.

    O nascimento da ONG
    Em 25 de maio de 2001, aconteceu a Assembleia de Fundação, na qual foi aprovado o Estatuto e também a primeira diretoria. Entre a lista de presidentes que ocuparam o cargo neste período de mais de duas décadas estão: Carlos Alberto Cury Harfuch, Regina Kempf, Roberto Lachner, Glesio Schneider, Gisela Pagano, Arno Giesen e Maria Luiza Rezende de Oliveira Muller.

    No início, por iniciativa do Monsenhor José Agius, a Soame foi instalada na Chácara da família Dannemann. O local foi sede da ONG por 10 anos e foi cedido de forma gratuita para o projeto. Primeiramente eram acolhidas ali crianças de 07 a 14 anos, porém rapidamente verificou-se a necessidade de que os pequenos de quatro a seis anos pudessem também usufruir todo o bem que a entidade oferecia aos maiores. “Houve então a feliz interferência do Consulado Alemão, por meio do Consul Honorário Adrian von Treuenfels, e a Ong Tigre Vermelho da Alemanha comprou casas populares no Conjunto San Fernando para atendimento aos pequeninos”, revelou Maria Luiza.

    Embora as casas não tivessem instalações adequadas, o voluntário Marcus Schauff assumiu a reforma do imóvel para ali funcionar a Soame 2. Após alguns anos, em 2016, uma forte tempestade assolou nossa cidade, provocando a interdição do local. Mons. José cedeu, então, temporariamente o salão da Vila Operária para que o trabalho não fosse interrompido. 
Depois disso, houve nova mudança quando a Prefeitura acolheu, por pouco tempo, as crianças da Soame na sede do Centro de Referência a Infância e Adolescência (CRIAR) para continuar o projeto. Por razões administrativas, a Soame conseguiu temporariamente o Espaço da Assemur, e atualmente, antes da pandemia, a entidade foi abrigada com o apoio da Prefeitura Municipal no CRAS do Conjunto São Fernando, considerado lugar ideal pela situação geográfica, bem como por ser a uma região carente onde a maioria das crianças reside. 

    “Em 2013, a Soame fez uma parceria com a Avocar – Associação da Voluntárias da Caridade. Registramos ainda no rol das iniciativas da ONG essas ações: ACARU, Soame Operária, Escola de Fábrica em parceria com o Governo Federal, Escola de Samba Unidos da Soame”, lembrou Maria Luiza.

    Atividades
    A Soame oferece no contra turno escolar o “Projeto Não damos o peixe”, com oficinas de capoeira, música, artesanato e teatro, objetivando sempre diminuir a desigualdade social e a oportunidade de crescimento humano e social. Além disso, a ONG também é responsável pelo Coral “Recordar é Viver”, em parceria com o Centro de Convivência dos Idosos (CCI) e, em 2018, foi criado o novo Projeto o Grupo Teatrando.

    “Embora com inúmeras dificuldades, a Soame não desiste de sua missão, pois conta com o trabalho voluntário e doações de pessoas que acreditam no seu ideal, assim como doadores de Rolândia e da Alemanha, através da ONG KIBRA. Citamos ainda a importante colaboração do Lions Club, Rotary Club Rolândia, Rotary Club Caviúna entre outros/outras”, afirmou Maria Luiza.

     Em todos esses anos, a SOAME conseguiu mostrar a sua importância como uma figura que representa parte da Sociedade Civil do município, visto que são mais de 20 anos de existência levando conhecimento e esperança a centenas de jovens.  

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