No último sábado (08), foi realizada a aula inaugural do projeto “Formando Cidadão”, organizado pela Associação Cidadão Mirim de Rolândia. As inscrições para o projeto foram realizadas no mês de abril na Escola Municipal Professor Sebastião Feltrin (rua Tapajós, 540, Vila Oliveira), mesmo local onde será feita a aula inaugural.
De acordo com o presidente da Associação, Cabo Neto, mais de 100 candidatos se inscreveram para o programa. “Infelizmente, neste primeiro momento, o projeto vai ofertar só 21 vagas. Os candidatos que foram escolhidos pela diretoria já foram convocados”, ressaltou José Soares da Silva Neto, o Cabo Neto.
Ainda segundo Neto, o projeto tem o intuito de dar oportunidades a adolescentes de 14, 15 e 16 anos que se encontram em vulnerabilidade no município de Rolândia. A entidade, por sua vez, nada mais é que uma instituição sem fins lucrativos que vai trabalhar com estes 21 adolescentes, oferecendo-lhes aulas de cidadania, capacitação pessoal e profissionalizante, além de civismo e noções militares.
“A Associação iniciou suas atividades em 30 de novembro de 2020, com uma primeira reunião em minha residência, onde foi apresentada a diretoria e alguns pontos importantes, dentre eles a data para inscrição dos alunos, número de alunos, provável local dos encontros e o nome para o projeto, que foi definido como ‘Formando Cidadão’ e que seguirá os mesmos moldes do projeto existente na cidade de Londrina há mais de 20 anos”, esclareceu Neto.
Durante esse período de início do projeto, Cabo Neto fez o convite para o coordenador do projeto Formando Cidadão de Londrina, Sargento Rocha, que repassou todas as informações necessárias e que serão seguidas (na medida do possível) pelo projeto que se inicia na nossa cidade. “Devo dizer que este sonho foi compartilhado com algumas pessoas que compraram a nossa ideia e fazem parte do projeto. É uma ideia muito antiga que surgiu quando eu ainda estava atuando na Polícia Militar. Quando abordávamos adolescentes nas áreas mais carentes da cidade eu sempre me questionava: o que esses adolescentes estão fazendo aqui nessa área de vulnerabilidade e de tanto risco?”, revelou o presidente da associação.
O presidente relembrou que, nesses acontecimentos da época, os jovens justificavam que estavam em meio àquela área de risco sujeitos a muitas situações perigosas, pois não tinham oportunidades. “Eles ainda afirmaram que buscavam por trabalho, mas quando os recrutadores identificavam a região que os adolescentes moravam, automaticamente eles perdiam a oportunidade de trabalho”, ressaltou Neto.
“Então eu ficava questionando essas situações comigo mesmo e isso só foi crescendo com o tempo. Eu não conseguia nem dormir direito pensando no assunto. Então hoje, tendo mais possibilidades de ajudar estes jovens sinto que este é meu dever como cidadão. Estamos nos desdobrando até mesmo no sentido financeiro para, de fato, dar vida a esse projeto e fornecer oportunidade a esses adolescentes que hoje se encontram nas áreas de vulnerabilidade”, contou.
O presidente ainda pontuou que todos os colaboradores deste projeto são voluntários. Na diretoria estão Sirlei Gomes como secretária, Flaviane Marcela como tesoureira e Antônio Carlos, Joel José e Luiz Grano Filho como fiscais do Conselho.
Sobre as aulas
As aulas serão aos sábados de manhã das 08h00 às 12h00 na Escola Municipal Professor Sebastião Feltrin, na Vila Oliveira. “Essas aulas foram planejadas cuidadosamente com palestras motivacionais e aulas de civismo e cidadania”, ressaltou Neto. A aula inaugural vai contar com a participação especial de algumas autoridades municipais e seguirá todas as regras de segurança em prevenção ao coronavírus.