Em julho do ano passado, o Hospital São Rafael sofreu uma mudança no cargo de diretor administrativo. Paulo Boçois de Oliveira, a frente do cargo havia 30 meses, deu lugar a Luís Lino. Em janeiro, Lino saiu e o cargo foi para Fernando Aguilera. Na sexta, 28 de maio, Paulo Boçois retomou para a mesma função que exercia antes.
O novo e já conhecido diretor falou sobre esse retorno, e comentou suas expectativas nessa retomada. “A minha frase nessa retomada para todo o corpo clínico do hospital: Nesse retorno a minha função é falar pouco e trabalhar muito. O primeiro passo é resolver essa situação do material e dos medicamentos”, afirmou Boçois. Segundo o diretor, já chegou ao ponto de até mesmo faltar agulhas no HSR.
Paulo Boçois está analisando com calma a situação atual do hospital, pois ainda não teve tempo hábil para isso. “Há R$ 1,5 milhão em contas, especialmente de fornecedores, que precisam de uma solução. O fornecedor precisa receber, então, eu não quero nem falar de valores se for maior ou menor, porque eu realmente não sei neste momento. Faremos essa avaliação junto com o novo diretor financeiro Edson Fernandes Martins de Londrina”, disse. O diretor financeiro já atuou no hospital Evangélico e na controladoria do Hospital do Câncer de Londrina.
Paulo também pontuou que a Secretaria Municipal de Saúde, no comando da secretária Paloma Pissati, está ajudando a instituição neste retorno. “A secretária está nos ajudando e ela inclusive movimentou as secretarias de municípios vizinhos. Com isso, recebemos a doação de material e medicamentos de várias cidades e também de um empresário por intermédio do deputado Estadual Cobra”, comentou.
Boçois também falou sobre correr atrás de recursos que estão paralisados na Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) para que serem liberados o mais rápido possível, dentro de no máximo 15 dias. “De início podemos esperar um recurso de R$ 2,9 milhões”, afirmou. Esses recursos servirão para a compra de materiais e medicamentos para o hospital. “Não consigo falar quanto à questão destes valores para pagar fornecedores”, alegou.
O atual diretor pontuou que no ano passado, antes de sua saída, o hospital estava preparado para tentar novos subsídios, uma vez que o valor de 225 mil reais que a instituição recebia mensalmente do Governa Estadual, foi encerrado em dezembro. Essa subvenção era destinada aos hospitais paranaenses que estão sob intervenção municipal. O recurso era para o hospital manter sua sustentabilidade, o que possibilitava a reestruturação e evitava a desassistência, que traz graves prejuízos à população que recorre ao único hospital de Rolândia.
Agora, Boçois afirma que tem um prazo de 30 dias para assinar um novo contrato com a Sesa para liberar o valor de R$ 225 mil que estão travados na secretaria. “Não estou parado, estou me movimentando com as emendas para poder destravar essa situação. Os recursos da Sesa obedecem a um esquema: se assinarmos em junho, esses recursos só são de fato liberados para nós em setembro, ou seja, temos uma grande caminhada pela frente”, confessou.