O que virá por próximo?
Se os literários me permitirem, gostaria de fazer uma proeza e parafrasear o grande Carlos Drummond: “E agora, José? O senado votou, a Dilma afastou, o Temer assumiu”. Quem me conhece sabe minha posição quanto a isso, mas devido à cultura de ódio instaurada nos últimos dias, prefiro “partir pra zuera”. Mas independentemente de lados e ideologias, algo me espantou hoje pela manhã. Ao ouvir o rádio, um senador disse – “Iremos trabalhar em conjunto com o presidente Temer para tirar o Brasil desta crise política” – sinceramente, deixei de entender, e ficou claro que o interesse não é combater a corrupção e ou as supostas irregularidades do governo Dilma, mas sim interesses próprios. Ao final, conseguiram polarizar a luta do povo brasileiro (que deveria ser apenas uma) e se apoderaram de tal maneira que até parece não ser realidade. Mas enfim, vamos deixar que o tempo venha nos mostrar coisas boas (mesmo que eu acredite que o arroxo virá forte). Temer é do tipo de político que dá medo, que vive nas sombras e um grande articulador. Como deputado federal fora inexpressivo, será que como presidente será a salvação?
Votação
Falando em situação política atual, é importante salientar que esse ano teremos eleições municipais, que ao meu ver, serão as mais importantes do período democrático. Com todo um discurso de não compactuar com corrupção será que seremos capazes de separar o joio do trigo? Ou será que apenas iremos legitimar políticos profissionais e conferir-lhes plenos poderes novamente? Se queremos mudanças, que ela já se inicie esse ano, não vendendo seu voto, não trocando favores e o mais importante, analisar o currículo profissional do candidato e ver se é capaz de exercer a função ao qual está se candidatando. As eleições estão aí e o poder está em suas mãos…