A Câmara de Vereadores de Rolândia aprovou, em segunda votação, a proposta de emenda impositiva ao orçamento municipal. Dessa maneira, o Executivo fica âobrigadoâ a deixar 1,2% da receita lĂquida do Orçamento para as emendas dos parlamentares. Os vereadores poderĂŁo incluir emendas individuais na Lei OrçamentĂĄria e essas terĂŁo que ser feitas. As chamadas emendas impositivas. Como ĂŠ uma emenda Ă Lei Orgânica, a proposta nĂŁo precisa de sanção do prefeito, jĂĄ foi promulgada e ĂŠ agora lei.
A Proposta de Emenda Ă Lei Orgânica tem a autoria de dos vereadores Andrezinho da FarmĂĄcia, Ratolino, Reginaldo Silva e RodrigĂŁo, e das vereadoras Cristina Pieretti e Prof.ÂŞ Janaina Benelli, lĂder do prefeito Ailton Maistro na Câmara de Rolândia. A aprovação da proposta coloca Rolândia em sintonia com alguns municĂpios do Brasil e do ParanĂĄ, como Curitiba, alĂŠm de tornar-se pioneiro na regiĂŁo.
âEssa proposta foi baseada na Emenda Constitucional nÂş 86 e visa a destinação de parte do orçamento (1,2%) a emendas dos vereadores. O projeto de Lei OrçamentĂĄria para 2022 ĂŠ votado neste ano e 1,2% da Receita LĂquida Corrente tem de ser para as emendas dos vereadoresâ, explicou Everton Santana Alves, procurador da Câmara.
Ao se aplicar esse percentual Ă Lei OrçamentĂĄria de 2021, aprovada em 2020, o valor destinado a essas emendas seria algo em torno de R$ 3,2 milhĂľes, jĂĄ que a Receita LĂquida foi de cerca de R$ 260 milhĂľes. âDevemos ter algo em torno de R$ 3,5 milhĂľes em 2022 para essas emendas impositivas. Esse valor ĂŠ dividido igualmente entre os vereadores e 50% dele tem de ser investido na SaĂşdeâ, ressaltou o presidente do Legislativo, Reginaldo Silva.
Isso quer dizer que, se mantido os valores, cada vereador ou vereadora teria R$ 350 mil para suas emendas impositivas em 2022, mas metade desse valor teria que ser em emendas para a SaĂşde. Essas emendas poderĂŁo beneficiar os redutos eleitorais de cada parlamentar. Dois ou mais vereadores tambĂŠm podem se juntar e fazer uma emenda maior, mas sempre respeitando os 50% para a SaĂşde.
De acordo com Everton, a Ăşnica possibilidade de o Executivo nĂŁo âexecutarâ o que a emenda impositiva propĂ´s ĂŠ se existir inviabilidade tĂŠcnica. âDepois de aprovada a Lei OrçamentĂĄria, o Executivo tem 120 dias para dizer quais projetos sĂŁo impossĂveis de se desenvolver. AĂ, o parlamentar tem o prazo de 30 dias para realocar essa verba em outra emendaâ, esclareceu o procurador.
Diante desse novo quadro, os vereadores e vereadoras podem beneficiar seus redutos eleitorais e cumprir uma reforma em uma UBS, por exemplo. âMuitas vezes, o vereador indica um projeto e isso nĂŁo realizado, por vĂĄrios motivos, atĂŠ por nĂŁo ser da base do prefeito. Agora, o prefeito tem a obrigação de fazĂŞ-lo e comete uma infração polĂtica-administrativa se nĂŁo o fizerâ, concluiu Reginaldo. Com isso, devem aumentar tambĂŠm as sugestĂľes de munĂcipes para cada vereador em suas emendas impositivas para 2022.



