Alimentação e Menopausa: a nutrição e bem-estar da mulher

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A nutricionista Paula Silva explica como a alimentação e a suplementação podem amenizar sintomas e melhorar a saúde no climatério

A nutricionista Paula Silva e Josiane Rodrigues, do JR

m mais uma matéria da série especial do JR sobre menopausa, convidamos a nutricionista Paula Silva para falar sobre a importância da alimentação durante o climatério e a menopausa. Segundo a profissional, essa fase exige atenção tanto aos sintomas quanto aos hábitos diários, já que o corpo passa por mudanças profundas.


Paula explica que o climatério, que antecede a menopausa, pode durar de sete a dez anos e é marcado por uma queda progressiva dos hormônios. Já a menopausa é uma data: o último dia de menstruação, confirmado após doze meses consecutivos sem ciclo.


Nesse período de transição hormonal, as mulheres podem enfrentar ondas de calor, alterações de humor, pele ressecada, dores de cabeça e sintomas articulares. “Com a queda do estradiol, existe também a queda do colágeno e do ácido hialurônico, o que afeta pele, articulações e até a saúde óssea”, destaca.


A nutricionista lembra ainda que a libido pode diminuir — uma das queixas mais comuns — e que o corpo passa a responder de forma diferente aos alimentos, ao sono e ao estresse. “Isso afeta todas as funções do nosso corpo”, resume.

O papel da alimentação e dos fito-hormônios
A alimentação é uma aliada essencial nesse processo. Paula orienta que, na menopausa, a mulher aumente o consumo de proteínas, fundamentais para massa muscular, colágeno e fortalecimento ósseo.


“Cada mulher tem sua necessidade, mas em geral precisamos de cerca de 2 gramas de proteína por quilo de peso”, explica. Grãos como lentilha, amaranto, quinoa e arroz integral também são importantes, assim como lácteos com menor teor de lactose, como kefir e queijo meia cura.


Frutas, verduras e legumes devem estar presentes diariamente. O azeite de oliva extravirgem também merece atenção: “Ele é antioxidante, antiviral e antifúngico. É muito benéfico para todas as pessoas, mas especialmente para mulheres na menopausa”, afirma.


Paula destaca ainda o ácido elágico, encontrado em frutas vermelhas e roxas, mas em maior quantidade na romã. Esse fito-hormônio de origem vegetal auxilia o corpo na produção natural de hormônios. “A romã é riquíssima nesse composto e faz muito bem para a mulher nessa fase”, ressalta a nutricionista.

Suplementação e exercício físico
A nutricionista explica que, embora o alimento seja a base, alguns suplementos podem potencializar a saúde da mulher em climatério. Entre eles, cita Coenzima Q10, resveratrol, magnésio, NAC, ômega 3, proteínas e creatina.


Sobre o ômega 3, a profissional destaca dois ácidos presentes: “O EPA diminui gordura nas artérias e triglicerídeos; o DHA atua como antioxidante e ajuda a prevenir doenças neurodegenerativas”.


Mesmo assim, Paula enfatiza que, se houvesse um suplemento indispensável, seria a vitamina C. “Ela é o maior antioxidante da natureza, estimula a produção de colágeno e todo mundo deveria usar e suplementar”, afirma.


A atividade física também é parte fundamental desse cuidado. O exercício de força é, segundo ela, imprescindível. “Em qualquer idade da vida podemos construir músculo, desde que façamos exercício”, explica.


Paula afirma que hidratação, alimentação adequada, rotina de sono e treino formam, juntas, a chamada janela anabólica, momento em que o corpo reconstrói tecidos e melhora sua função metabólica.

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