Com contrarreferência, UPA de Ibiporã otimiza atendimento

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Iniciativa busca direcionar pacientes para a atenção primária e desafogar os atendimentos de urgência e emergência

Para otimizar o atendimento e garantir que a UPA de Ibiporã concentre seus esforços em casos de urgência e emergência, foi iniciada, na última semana, uma ação de contrarreferência. A iniciativa visa classificar, orientar e redirecionar pacientes com condições de menor gravidade para as Unidades Básicas de Saúde.


Segundo por Kennia Silva, coordenadora da UPA, a alta demanda por atendimentos na Unidade muitas vezes inclui casos da atenção primária. “O que acontece é que muitos pacientes procuram a UPA por questões simples, que não caracterizam urgência ou emergência. Isso sobrecarrega o serviço e dificulta o atendimento de casos mais graves”, explicou.

O novo fluxo
O novo fluxo de atendimento começa com a classificação de risco realizada no acolhimento. A triagem considera se o caso é agudo ou crônico. Para condições agudas, o atendimento é realizado na própria UPA. Já para condições crônicas ou de menor gravidade, o paciente é contrarreferenciado à UBS.


“O paciente não é simplesmente orientado a procurar o posto de saúde. Após a consulta na UPA, nossa equipe agenda uma consulta na UBS para o mesmo dia, garantindo o acompanhamento rápido e eficiente”, destacou Kennia.


O fluxo também garante que o paciente seja devidamente orientado e não fique desassistido no processo de transição entre os serviços. “Há um servidor responsável por abrir a agenda no posto de saúde, buscando uma consulta para o mesmo dia, geralmente dentro de meia hora a uma hora após o atendimento na UPA”, completou a coordenadora.

Critérios
Os critérios de classificação são baseados no Protocolo de Classificação de Risco. Pacientes classificados como “azul” e “verde” – incluindo queixas crônicas, resfriados, escoriações leves, dor de garganta, ferimentos que não requerem sutura e outras condições de baixa complexidade – são direcionados à atenção primária. Já casos mais graves, classificados como “amarelo”, “laranja” ou “vermelho”, continuam sendo atendidos na UPA.


Além disso, foram estabelecidos critérios específicos para doenças infectocontagiosas e suspeitas de dengue. Casos suspeitos de Dengue Tipo A, por exemplo, podem ser gerenciados nas UBSs conforme o protocolo, enquanto tipos mais graves, como B, C ou D, necessitam de hidratação e possível regulação para outros serviços.


De acordo com dados recentes, 74,5% dos atendimentos na UPA de Ibiporã correspondem a casos de baixa complexidade, reforçando a necessidade de fortalecer a atenção primária para reduzir essa demanda e otimizar os recursos da UPA para casos de urgência e emergência.

Resultados iniciais
Os primeiros resultados já demonstram uma mudança positiva. “Já tivemos relatos positivos de pacientes que, compreendendo o novo fluxo, passaram a buscar diretamente a UBS. Isso demonstra que a ação está começando a surtir efeito”, afirmou Kennia. Além disso, a Secretaria Municipal de Saúde relatou percepções semelhantes, indicando que a população está começando a se adaptar ao novo fluxo de atendimento.


A coordenadora também ressaltou que o fortalecimento da atenção primária otimiza o atendimento e atua na prevenção de agravos. “Um paciente com pré-diabetes, por exemplo, se acompanhado adequadamente na UBS, pode evitar a evolução da doença. Isso evita futuras complicações e reduz a sobrecarga nos serviços de emergência”, destacou Kennia.


A proposta de contrarreferência é uma estratégia de longo prazo, com o objetivo de educar a população sobre o uso adequado dos serviços de saúde e fortalecer a integração entre a UPA e as UBSs. “Queremos que a população entenda que a UBS é o primeiro ponto de cuidado, um lugar de prevenção e acompanhamento, enquanto a UPA deve ser buscada para casos de emergência”, finalizou a coordenadora Kennia Silva.

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