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Exercícios podem prevenir o câncer e ajudar no tratamento?

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Muita gente já ouviu dizer que atividade física previne câncer, mas o que pode ter a ver uma coisa com a outra? Leia a matéria e descubra…

Josiane Targa e Graziela Ferreira

Por algum tempo as pessoas acreditavam que fazer atividades físicas poderia piorar o quadro de saúde de pessoas que sobreviveram ao câncer de mama. Porém, um estudo publicado no Journal of Cancer Survivorship descobriu que os benefícios da prática de exercícios nesses casos superam os riscos aos quais as pacientes são expostas. A análise foi liderada por pesquisadores da University of Missouri, nos Estados Unidos.


O JR falou com duas especialistas no assunto, a personal trainer Josiane Targa, que atua há mais de 11 anos na área em Rolândia, e com a instrutora de Fit Dance, Graziela Ferreira, que atende alunas em Rolândia e Londrina. Elas afirmam que o sedentarismo oferece muito mais riscos à saúde do que a prática de exercícios, mesmo em pessoas que se recuperaram da doença, e que treinar regularmente pode até diminuir a chance de recorrência do câncer.


“Segundo a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, em um artigo atual publicado em 2022, a prática de atividades físicas e de exercícios físicos são fundamentais para mulheres diagnosticadas com câncer de mama e que estão em tratamento oncológico (quimioterapia, radioterapia ou terapia hormonal). A prática ajuda evitar a mortalidade da paciente, reduz os sintomas da doença e do tratamento como linfedema, fadiga, dores musculares, ganho de peso, sintomas depressivos, perda óssea, e muito mais”, explica Josiane.


Segundo a personal, é fundamental que a mulher se mantenha ativa fisicamente em qualquer parte da vida, pois a prática de atividades físicas, ou qualquer movimento corporal produzido que tenha gasto energético como tarefas domésticas, trabalho, jogos e outros, colabora muito para prevenir doenças, melhorar a saúde física e mental. “Mas é importante dizer que a prática de exercícios físicos, que é o movimento sistematizado, elaborado, programado e planejado por um profissional de educação física, tem um grande aumento e contribuição na prevenção e no controle em conjunto com tratamento oncológico para mulheres diagnosticadas e também para aquelas que que estão no pós-tratamento do câncer”, afirma Josiane.


A personal trainer reforça que o exercício físico também atua como uma ferramenta de prevenção do câncer, pois aumenta a imunidade, colaborando para o aumento de células sadias. Isso reduz as chances de mulheres com probabilidade de gene desenvolverem o câncer, principalmente no período pré e pós menopausa. “Existe uma predominância do desenvolvimento de câncer em mulheres com faixa etária de 42-59 anos e, por isso, é nessa idade que é preciso ainda mais atenção”, orienta Josiane.


Para obter os benefícios de prevenção, Josiane recomenda ao menos 150 minutos semanais de atividades físicas/exercícios físicos de intensidade moderada ou 75 minutos de intensidade vigorosa, podendo ser modalidades combinadas ou intercaladas como treinamento cardiovascular, treinamento resistido com pesos (musculação), Crossfit, treinamento funcional, e práticas esportivas com mais demanda energética.

Contribuição da dança
Para quem ainda tem dificuldade em frequentar uma academia, fazer musculação, ou exercícios mais pesados, a dança pode ser uma excelente forma de praticar atividade física. Segundo a instrutora Graziela Ferreira, dançar é uma verdadeira terapia, e faz muito bem, tanto para o corpo quanto para a mente.


“Minhas alunas sempre comentam que a dança não é uma sessão de terapia, mas é algo terapêutico. Essa atividade é uma opção para que a mulher não deixe de praticar atividade física e saia do sedentarismo de uma forma mais divertida. Em relação à saúde física, a dança ajuda no equilíbrio da frequência cardíaca, reforça o sistema musculoesquelético, auxilia na perda e na manutenção do peso e melhora a coordenação motora”, afirma a instrutora.


A dança trabalha o corpo da mulher como um todo, ajuda a elevar a autoestima e a consciência corporal, condições diretamente afetadas pelo câncer de mama. Os movimentos ajudam as mulheres a tirar o foco da mama, dando atenção a outras partes importantes do corpo, como o próprio ventre.


“O fato de se estar dançando, se socializando e se distraindo torna todo esse processo mais leve. Depois da aula muitas alunas vão embora muito mais felizes do que quando chegam. A prática da dança libera endorfina e no final da aula, quando finalizamos tudo, temos aquela sensação de dever cumprido, e do prazer de ter feito alguma coisa pra gente”, reforça.


E quando o assunto é prevenção não só do câncer, mas de outras diversas doenças, a dança mais uma vez entra como uma aliada infalível. Movimentar o corpo através da dança tem vantagens poderosas e também contribui para benefícios psicológicos como, por exemplo, o combate ao transtorno de ansiedade e o estresse, afirma a profissional. “Quando você está dançando, a sua atenção deixa de estar no problema que a levou à ansiedade e ao estresse, para focar na atividade que você está praticando no momento. Além disso a atuação da dança no combate ao câncer está ligada com a produção de hormônios do prazer relacionados à prática de atividades físicas, como a serotonina, que afetam positivamente o sistema imunológico”, ressalta Graziela.


Para Josiane, que atua na maioria das vezes com um público mais feminino do que masculino, e que também pelo fato de ser mulher entende a importância dessa prevenção, tanto a prática de atividades físicas e de exercícios físicos é fundamental para se viver melhor, em qualquer fase da vida da mulher. “Eu desejo que todas as mulheres do mundo se amem, independentemente de fase da sua vida e do que estejam passando, pois cada uma de nós merecemos viver felizes sempre”, finaliza Josiane Targa.

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