Insuficiência cardíaca: conheça os fatores de risco e sintomas para evitar o diagnóstico tardio

  1. Home
  2. /
  3. Notícias
  4. /
  5. Saúde
  6. /
  7. Insuficiência cardíaca: conheça os...

No Dia Nacional de Alerta Contra a Insuficiência Cardíaca, a diretora do Departamento de Cardiologia da AML alerta: prevenção ainda é o melhor caminho

Neste 9 de julho, é celebrado o Dia Nacional de Alerta Contra a Insuficiência Cardíaca, uma data que busca conscientizar a população sobre uma das doenças cardiovasculares que mais cresce no Brasil e no mundo. Dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia apontam que 3 milhões de pessoas são afetadas pela insuficiência cardíaca no Brasil e, a cada ano, 200 mil novos casos são registrados. Esta condição é a terceira causa de internações em pessoas com mais de 60 anos no país.


A insuficiência cardíaca é uma condição crônica e progressiva que afeta a capacidade do coração de bombear sangue de forma adequada para todo o corpo, comprometendo o funcionamento de diversos órgãos. “Essa condição complexa provoca prejuízo na qualidade de vida, aumento das internações, complicações e mortalidade”, alerta a Dra. Luciane Cazarin, diretora do Departamento de Cardiologia da Associação Médica de Londrina (AML).


O que é insuficiência cardíaca?
A insuficiência cardíaca ocorre quando o coração enfraquece ou se torna rígido demais para bombear o sangue eficientemente. Isso pode ser consequência de outras doenças, como hipertensão arterial não controlada, diabetes, infarto do miocárdio, doenças nas válvulas cardíacas e até infecções virais que afetam o músculo cardíaco (miocardite).


“A insuficiência cardíaca é a via final da evolução de diversas doenças do coração que, quando não detectadas e nem tratadas, progridem para a disfunção do músculo cardíaco, que se torna muito fraco ou mais rígido e não é capaz de bombear o sangue de maneira eficiente para atender às necessidades dos vários órgãos do corpo humano”, detalha a Dra. Luciane.


Entre os sintomas mais comuns estão:
Falta de ar ao fazer esforços ou até mesmo em repouso;
Cansaço excessivo;
Inchaço nas pernas, tornozelos e pés;
Tosse persistente ao deitar
Ganho de peso rápido devido à retenção de líquidos.


“É fundamental que a população esteja atenta aos fatores de risco, como hipertensão arterial, diabetes, tabagismo, excesso do uso de álcool, obesidade, e aos sintomas da insuficiência cardíaca, como falta de ar ao realizar atividades simples, cansaço desproporcional ao esforço e inchaço nas pernas, tornozelos e pés. Esses sintomas são alertas para procurar por avaliação médica, exames diagnósticos e receber o tratamento precoce e correto”, reforça a diretora da AML.


Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico da insuficiência cardíaca é feito por um cardiologista, com base em histórico clínico, exame físico, exames de sangue, eletrocardiograma, ecocardiograma e outros exames de imagem.


“O diagnóstico nas fases iniciais da doença e o tratamento precoce poderão transformar um prognóstico ruim em mais qualidade de vida, menos complicações e sobrevida maior”, avalia a Dra. Luciane.


De acordo com ela, o tratamento pode envolver o uso de várias classes de medicamentos específicos, que inclusive são fornecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), além de mudanças no estilo de vida e, em alguns casos, implantes de dispositivos para auxiliar a função cardíaca e dependendo da gravidade, transplante cardíaco. Também faz parte do tratamento, a realização de reabilitação cardiopulmonar com profissionais especializados na área da saúde, com atividades físicas supervisionadas para melhora da capacidade física aeróbica e ganho de massa muscular.


Prevenção é a melhor estratégia
Apesar de ser uma condição grave, a insuficiência cardíaca pode ser prevenida com hábitos saudáveis e acompanhamento médico. “Controlar a pressão arterial, manter uma alimentação equilibrada, praticar atividades físicas regularmente e abandonar o cigarro são atitudes que protegem o coração e diminuem o risco de desenvolver insuficiência cardíaca”, diz a Dra. Luciane.


Segundo ela, “nos últimos 30 anos, houve um grande avanço no tratamento da insuficiência cardíaca, que abrange desde o surgimento de novas medicações eficazes, implantes de dispositivos para auxiliar a função cardíaca e progressos para o sucesso do transplante cardíaco. No entanto, é essencial dizer que, apesar dos avanços na ciência para trazer cada vez mais alternativas para os portadores da insuficiência cardíaca, nem toda tecnologia substitui a prevenção”, diz a médica.


A campanha nacional de alerta tem o objetivo de educar a população, estimular a busca por diagnósticos precoces e reduzir os índices de internação hospitalar por complicações da doença. “A informação é uma ferramenta poderosa. Quando o paciente entende sua condição, ele se torna mais ativo no tratamento e nos cuidados com a saúde. Fica o conselho à população: a prevenção ainda é o melhor caminho a seguir. Escolha viver saudável!! ”, finaliza Dra. Luciane.

Compartilhe:

Facebook
Twitter
WhatsApp
Email

VEJA TAMBÉM:

Saúde

Ibiporã: Certificado de ‘Coragem’

Certificado valoriza crianças de 4 a 7 anos que concluem o esquema vacinal nas unidades de saúde de Ibiporã A Secretaria de Saúde da Prefeitura