Situação de município reflete a realidade do Brasil, seja na rede particular ou na rede pública de Saúde
A demora no atendimento no Centro Municipal de Covid-19 de Rolândia, lotado na UBS da Vila Oliveira, tem gerado inúmeras reclamações por parte da população. O grande vilão desse problema são as síndromes respiratórias, principalmente a Covid, que têm feito a procura por atendimento aumentar e muito.
Segundo Bruna Suelen Santos de Moraes, coordenadora de Apoio à Atenção Básica do município, no início de janeiro, entre os dias 2 e 3, o local estava com uma média de 120 casos suspeitos. Já na quarta-feira (12), o Centro Covid contabilizou 339 atendimentos.
“A média de espera para atendimento estava em torno de quatro horas, mas agora nós vamos mudar todo o fluxo do pronto atendimento. Estávamos com apenas uma profissional na triagem, mas vamos aumentar para duas. Também foi feito contratação de profissional e ontem a gente já começou com uma nova técnica de enfermagem e duas novas enfermeiras. Aumentamos também a escala médica, antes nós estávamos com três médicos e agora estamos com quatro”, ressaltou a coordenadora.
Profissionais infectados
Além do aumento de casos que vem ocorrendo entre a população em geral, nesse momento o Centro Covid também está com desfalque de colaboradores: há seis funcionários afastados por conta da Covid-19. “Estamos com esses funcionários afastados e precisamos repor esses profissionais. E isso afeta também o fluxo de atendimento”, explicou Bruna.
A coordenadora ainda pontuou que, na triagem, é feita a classificação de risco por cores: o Vermelho (emergência), que indica risco imediato, o que requer urgência no atendimento; Laranja (muito urgente), em que o paciente está com quadro grave, que demanda rápido atendimento; Amarelo (urgente), que determina tempo de espera máximo de 60 minutos; e o Verde (pouco urgente), que são casos que precisam de atendimento, mas sem grande urgência.
“Se um paciente chega para a gente já com o teste positivo, porque fez o teste particular, temos uma sala de isolamento para eles, que são direcionados para essa sala. Lá é feita essa primeira avaliação, e se esse paciente for classificado como Verde, por um exemplo, ele poderá aguardar entre duas e quatro horas para ser atendido. Se é classificado como Amarelo, deve ser atendido em 60 minutos. Então, depende muito dos sintomas com que a pessoa vai chegar”, ressaltou Bruna.
Ainda conforme informado pela coordenadora, nesse momento, o Pronto Atendimento 24 horas, localizado na Vila Oliveira, está com um pico nos atendimentos especialmente no período da manhã, e é esperado um aumento ainda maior por conta da nova variante, a Ômicron. “Ela é muito mais contagiosa. Ela veio mais leve, mas é muito mais contagiosa”, ressalta.
Para se ter uma ideia do salto de contágios no município de Rolândia, no dia 20 de dezembro, a cidade tinha apenas dois casos positivos. Com um período de menos de um mês, esse número aumentou para 260, que foi a quantidade de casos positivos registrados pela secretaria de saúde na terça-feira (11). “Ressaltamos que as medidas de protocolo sanitário continuam os mesmos. Uso da máscara de proteção, álcool em gel, manter medidas de distanciamento, evitar aglomerações. Também pedimos para os pacientes que forem até ao Pronto Atendimento, e que não tiverem com sintomas graves, que não levem acompanhantes, pois isso também causa aglomerações no local”, pede a coordenadora.
A situação de longas esperas por atendimento também está sendo vista no restante do Brasil, seja na rede pública de Saúde ou na rede particular.