Índice de Infestação Predial aumentou no município, que tem média de 4,9%; há bairros com infestação acima de 10%
De cada 100 imóveis em Rolândia, cinco estão com focos de larvas do mosquito da dengue. Esses são os dados obtidos no 3º Liraa (Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti) de 2022, realizado pela Secretaria de Saúde na última semana. O município que já estava em uma situação de ‘alto risco’ para a dengue, agora começa a assustar o órgão de saúde municipal, devido ao grande aumento de percentual uma vez que o índice ‘aceitável’ é de 1%, conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS).
“Algumas situações são muito preocupantes, principalmente em alguns bairros da cidade. A Vila Operária, por exemplo, teve um aumento no índice que agora está em 15,1%. Ou seja, das 100 casas presentes no bairro, 15 delas estão com focos de larvas do mosquito da dengue”, informa a secretária de Saúde, Karla Ulinski. Outros bairros ‘campeões’ são o Condomínio Costa do Sol (14,1%) e o Jardim América (12,5%). Esses números colocam a região da Vila Operária em primeiro lugar na lista de regiões com alto índice de focos de larvas do mosquito Aedes aegypti, e gera uma preocupação no setor de saúde.
Os grandes vilões
O diretor de Vigilância em Saúde de Rolândia, Rafael Dias, destaca que o erro mais encontrado nas residências do município foram os pratinhos que ficam sob os vasos de plantas. “Os maiores índices desses criadouros estão dentro dos quintais das casas, e o pratinho do vasinho de planta é o grande campeão nesse quesito, pois praticamente 45% dos criadouros foram encontrados neles. Em segundo lugar, ficaram os materiais reciclados como garrafas pet”, relata o diretor.
Diante do cenário, a secretária de Saúde destaca que esses índices poderiam ser menores se medidas simples de prevenção fossem obedecidas pelos moradores. “São medidas de fácil contenção que precisam ter a conscientização de toda a população. Mesmo que a gente esteja com o número certo de agentes para fazer a orientações, isso nunca será o suficiente se nós não contarmos com o apoio da população”, ressalta Rafael.
Conforme orientado pelos profissionais da saúde, a medida ideal é não ter esses recipientes embaixo dos vasos de plantas. Eliminá-los de uma vez é a melhor saída para evitar novos criadouros do mosquito. “Não funciona colocar areia, porque depois que a pessoa enche sempre fica um espaço que será usado pelo mosquito quando existir água parada nela”, alerta Rafael.
Ações
A Saúde tem realizado ações com o objetivo de diminuir essa infestação e conscientizar as pessoas de suas responsabilidades. Essas ações, e outras informações e orientações, podem ser vistas no site da Vigilância em Saúde, hospedado no portal da Prefeitura (www.rolandia.pr.gov.br). O site é interativo e traz informações em tempo real, com detalhes por Unidade Básica de Saúde, sobre a situação da dengue em Rolândia.
As regiões do Jardim Erdei e Santiago também apresentavam altos índices de foco de larvas, mas, após um trabalho intensivo de orientação e prevenção feito pela equipe de Agentes de Endemias Municipal (ACE), os números tiveram uma queda significativa. “Essas ações foram bem efetivas e refletiram em uma queda no índice conforme observado no último levantamento”, reforça o diretor.
Agora, a intenção do setor é levar as mesmas ações para estas localidades com altos índices de criadouros, para que também haja uma diminuição nos percentuais nestes bairros do município. Denúncias e soluções de dúvidas sobre o combate ao Aedes Aegypti podem ser feitas pelo número (43) 3906-1126.