Habilitação de novos leitos irá cobrir déficit mensal que hospital rolandense tem atualmente; recursos devem levar de 4 a 6 meses para começar a chegar e portaria deve ser assinada ainda nesta semana
Esta quinta-feira, 20 de outubro, pode ser considerado um dia pra ficar na história do Hospital São Rafael, de Rolândia. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, deve habilitar 10 leitos do hospital na rede de Urgência e Emergência. Com isso, o São Rafael passará a receber mais R$ 129 mil mensalmente, o que irá acabar com o déficit atual do hospital, que é de R$ 99 mil por mês. Esse recurso deve começar a ser pago dentro de quatro a seis meses, depois de terminado todo o processo de habilitação dos leitos.
O compromisso de assinar a Portaria com a habilitação de leitos, que deve acontecer ainda nesta semana, foi conseguido depois de uma reunião com Queiroga, obtida pelo deputado federal Felipe Francischini a pedido de Diego Silva, presidente do União Brasil de Rolândia. “Acompanhados do diretor do São Rafael, Paulo Boçois, tivemos uma audiência com o Ministro da Saúde”, ressaltou Diego Silva. “Esse novo contrato trará recursos de 1,5 milhão por ano”, comemorou Diego.
“É um contrato muito importante para o São Rafael. É uma demanda que o hospital tem desde 2013 e atualizamos a documentação para chegar nesta fase de assinatura”, explicou Paulo Boçois. “Isso vai ficar permanente em nosso contrato e com isso vamos zerar nosso déficit, inclusive prevendo a inflação de 2023”, ressaltou o diretor.
Se a portaria for assinada em outubro, será enviada para a Sesa para ser feito um contrato e o diretor acredita que esse trâmite levará até seis meses. “Mas o mais difícil foi feito, que é a assinatura da habilitação dos leitos”, ressaltou Paulo Boçois.
Leitos são usados
Esses leitos que serão habilitados para a Urgência e Emergência já são usados pelo São Rafael, mas nunca foram pagos, pois não eram habilitados par a rede. A portaria que será assinada agora também já tinha sido assinada em 2013, mas não foi levada adiante por algum motivo. Paulo a ‘descobriu’ no ano passado, quando retornou à diretoria do São Rafael, e a ressuscitou no Ministério da Saúde, correndo atrás de toda a documentação para efetivá-la.
Se a habilitação liberada pela Portaria de 2013 tivesse sido transformada em contrato, como acontecerá agora, o Hospital São Rafael teria sido pago desde então, há mais de 10 anos, pela rede de Urgência e Emergência pelo uso desses 10 leitos. Pode-se pensar em cerca de R$ 13 milhões nos valores atuais que não entraram no caixa do São Rafael.