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Saúde de Cambé: dose de reforço anti-Covid é essencial

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Secretaria de Saúde alerta para o aumento proporcional de óbitos de idosos nos últimos meses

Saúde faz alerta sobre a importância de se receber a Dose de Reforço

A Secretaria de Saúde do município de Cambé aplicou, na sexta (05), a dose de reforço em idosos com mais de 70 anos e que receberam a D2 da vacina até 5 de maio. A expectativa era de que os idosos comparecessem em massa para a imunização, diferentemente do que tem acontecido com a Dose de Reforço até agora. A Secretaria de Saúde alerta sobre a importância desta dose de reforço na luta contra a Covid-19, pois Cambé tem apresentado um aumento proporcional de óbitos em idosos nos últimos meses – uma das possíveis razões para isso é a queda natural na resposta imunológica meses após a aplicação da segunda dose.

Simone Lopes, enfermeira responsável pelo Departamento de Epidemiologia da Secretaria de Saúde, explica que a terceira dose, ou dose de reforço, é essencial para garantir a imunização daqueles que receberam a segunda dose há pelo menos seis meses ou para pessoas com a imunidade comprometida. A aplicação da terceira dose na cidade começou no início de outubro para os idosos e segue aguardando o intervalo de tempo obrigatório e a chegada de novas doses para abranger mais grupos.

Simone explica que a 3ª dose deve ser aplicada seis meses após a segunda dose para os idosos e para os profissionais da Saúde. Já para quem é imunossuprimido, como pessoas em tratamento de câncer ou transplantados, o intervalo é de 28 dias após a segunda dose, independentemente do laboratório da vacina. “Por ser um grupo que pode sofrer interferências na resposta imune mais rapidamente que os demais”, explicou Simone. Segundo nota técnica do Ministério da Saúde (043/2021), a dose de reforço da vacina pode ter tecnologia diferente da que foi administrada nas primeiras doses, priorizando as vacinas da Pfizer (BioNTech) e da AstraZeneca (Fiocruz). Segundo a enfermeira, até o momento, todas as doses de reforço aplicadas na cidade foram com a Pfizer.

Simone também explica que a adesão de terceira dose na cidade está sendo 30% menor que a esperada. Até o último boletim divulgado pela Saúde, no dia 26 de outubro, Cambé já tinha aplicado 1.664 doses de reforço, sendo 1.130 em idosos, 52 em imunossuprimidos e 482 em profissionais da linha de frente da Saúde. “Nós recebemos ligações de pessoas que têm receio de realizar a vacinação da terceira dose. O que fazemos é esclarecer que ela é importante justamente por ser o complemento necessário para evitar que a imunidade contra a doença diminua”, ressalta.

A vacinação dos idosos da cidade começou no dia 20 de janeiro com os institucionalizados do Abrigo Padre Manoel Coelho com a aplicação da CoronaVac. Com o decorrer da vacinação desses idosos, a porcentagem dos óbitos de pessoas com mais de 60 anos caiu de 77,7% em março para 43,4% em junho. Os dados apontam que a eficácia da vacina fez com que o número de óbitos dentro dessa população diminuísse em quase 35%. Por outro lado, no mês de agosto esse número volta a subir e em outubro, 11 dos 15 óbitos foram de pessoas acima dos 60 anos, ou seja, 73,33%.

Segundo Simone Lopes, essa queda mostra que a resposta imune pode cair naturalmente na população com mais idade, além de apontar também a importância da terceira dose de reforço. “Países que iniciaram a vacinação com os outros imunizantes também estão indicando a dose de reforço”, salienta. Segundo ela, todas as pessoas destes grupos vão receber a dose de reforço, independentemente da vacina que tomaram.

A aplicação da dose de reforço está sendo feita exclusivamente nas UBSs, até as 14 h, Ana Rosa; Cambé 2; Centro de Saúde; Cristal; Guarani; Novo Bandeirantes; Santo Amaro; São Paulo; e Silvino.

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